Mais denúncias a respeito da falta de transporte escolar na zona rural da cidade chegaram à redação do jornal O Mossoroense. Nas últimas semanas, moradores de inúmeras comunidades informaram problemas relacionados ao deslocamento de estudantes para instituições de ensino na zona urbana do município. Dessa vez, o alvo das reclamações é o assentamento Cheiro da Terra.
Segundo a agricultora Maria Vilani, o ônibus que transportava cerca de 20 alunos tanto da rede estadual quanto municipal de ensino deixou de fazer o percurso há algumas semanas. “O transporte é do Estado, mas ele levava alguns alunos que estudam em escolas municipais, como é o caso dos meus filhos, que estão sem aula, sendo prejudicados diariamente”, relata.
O problema tem prejudicado a própria Maria Vilani, que também é aluna, frequentando a turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA), na Escola Municipal Sindicalista Antônio Inácio. “Deixei de assistir a aula, pois não tem ônibus. Todos nós temos direito à educação. Como meus filhos vão ser alguém na vida, se não estudarem? Não há condições de isso continuar assim”, afirma.
Além do assentamento Cheiro da Terra, comunidades como Recanto da Esperança, Coqueiro, Lajedo, Arisco, Senegal, Bom Destino, Montana, Oiticica, Pedra Branca, Cabelo de Negro, Recreio, Jucuri, entre outras, estão sem transporte escolar há praticamente um mês.
Em conversa com a equipe de reportagem do jornal O Mossoroense recentemente, um dos motoristas que realizam o percurso zona rural/zona urbana, Hélio Bevenuto, informou que a paralisação nos serviços se deu após o Governo do Estado não efetuar, desde o final de 2013, o pagamento à empresa terceirizada responsável pelo transporte.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação e Cultura (SEEC), que se comprometeu a buscar informações sobre o processo de pagamento à empresa que presta o serviço de transporte escolar, mas até o fechamento da edição não encaminhou o posicionamento.
Fonte: O Mossoroense
