Os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina decidiram encerrar ontem a paralisação começada quatro dias antes. A categoria aceitou o acordo proposto pelo sindicato patronal durante audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região (TRT22).
Segundo o Tribunal, o acordo de ontem determina o reajuste imediato de 7,5%, ficando garantido um novo aumento em janeiro de 2015 que será a soma do IPCA mais 2% de ganho real. Ficou determinado ainda a mudança da data-base de negociação da categoria de maio para janeiro. Segundo o site do jornal Meio Norte, o atual salário dos motoristas é de R$ 1.325. Os cobradores ganham R$ 811 e os fiscais, R$ 873.
Os trabalhadores do setor fizeram uma assembleia e aceitaram o acordo.
O desembargador Manoel Edilson afirmou que os dois lados cederam para que o acordo fosse possível. “Todos tiveram que ser maleáveis. O Setut teve que aumentar sua proposta e os rodoviários tiveram que baixar o valor que estavam pedindo. Esse acordo é sempre a melhor solução e não queríamos decidir sem ouvir o que ambos poderiam fazer pela causa”, disse.
Greves em Salvador e São Luís: Outras duas capitais do Nordeste estão sofrendo com a greve de motoristas e cobradores de ônibus: Salvador e São Luís.
Na capital baiana, a paralisação atrapalha a vida de mais de um milhão de pessoas. Nesta terça-feira (27), muita gente não foi trabalhar. Toda a frota de Salvador, que tem 2,5 mil ônibus, está parada. A prefeitura colocou nas ruas cerca de 300 micro-ônibus, mas que não dão conta de transportar todo mundo.
Na segunda-feira (26), o Sindicato dos Rodoviários tinha aceitado a proposta de reajuste de 9% nos salários, aumento no vale refeição e redução na jornada de trabalho. Porém, uma parte da categoria não aceitou e parou de trabalhar. Nesta manhã, todos os trabalhadores aderiram à greve.
A Justiça do Trabalho determinou que 70% da frota estejam nas ruas nos horários de pico. A multa pelo não cumprimento é de R$ 100 mil por dia.
A situação também é complicada em São Luís, onde a greve já está no sexto dia e prejudica 750 mil pessoas. Nesta terça-feira, nenhum ônibus saiu da garagem. Quem precisou sair de casa teve de usar táxis, mototaxistas ou vans clandestinas.
Os grevistas estão descumprindo a ordem judicial que obriga a manter 70% da frota em circulação, sob pena de multa de R$ 4 mil por hora. Os grevistas querem 16% de reajuste salarial. A Prefeitura tenta intermediar uma negociação e marcou uma reunião com patrões e empregados.
Com informações: Diário do Nordeste (CE) e TV Globo
