Nesta semana, o brasileiro está sofrendo com paralisações dos rodoviários em várias cidades. Greves que estão afetando centenas de milhares de pessoas. Por isso, o UNIBUS RN faz um resumo das principais paralisações pelo país, que já começaram ou irão iniciar:
São Luís: Numa assembleia realizada no início da tarde de ontem pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Maranhão (Sttrema), os motoristas, cobradores e fiscais de São Luís decidiram paralisar suas atividades a partir da meia-noite desta quinta-feira. A greve, que inicialmente estava marcada para começar esta quarta-feira, é por tempo indeterminado.
Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Gilson Coimbra, o adiamento se deu devido à continuidade da greve dos motoristas de ônibus que fazem o transporte de fretamento e interestadual, iniciada na última segunda-feira. Eles querem 25% de reajuste e aumento do tíquete-alimentação de R$ 420 para R$ 600. Coimbra informou que não quer criar um choque entre as duas paralisações.
São Paulo: As garagens de cinco empresas de ônibus da capital paulista amanheceram fechadas ontem (21), informou a São Paulo Transportes (SPTrans). A paralisação em parte do serviço de transporte público ocorre desde o dia em razão do protesto de um grupo de motoristas e cobradores que são contrários à proposta de negociação salarial aprovada em assembleia da categoria no dia 19.
Desde o início do movimento, um grupo de motoristas e cobradores tentam impedir a circulação de coletivos na cidade, estacionando veículos atravessados nas saídas dos terminais e nas ruas. De acordo com o secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto, em muitos casos, as chaves dos ônibus foram jogadas e os pneus, furados.
Pelo menos 13 terminais de ônibus dos 28 existentes foram bloqueados. Muitos passageiros foram para casa a pé, pois vários ônibus ficaram parados e estacionados, sem motoristas, pelas avenidas da cidade. O protesto provocou o maior congestionamento do ano na cidade no dia 20. Por volta das 19h, o congestionamento alcançou 261 quilômetros (km) em São Paulo, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A média para o horário costuma ficar entre 105 km e 139 km.
Teresina: Os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina decidiram entrar em greve à zero hora de sexta-feira reivindicando reajuste salarial de 10%. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Transportes Rodoviários de Teresina (Sintetro), Francisco das Chagas, afirmou que a decisão foi tomada em assembleia realizada na tarde de terça-feira, na sede da entidade, porque o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut) ofereceu uma proposta de aumento de 7%.
“Os empresários ofereceram só 7%. Os 7% representam apenas 1% a mais do que a inflação. Essa oferta não agrada. Vamos parar, mas também vamos continuar negociando até conseguir o que a categoria deseja”, declarou Francisco das Chagas.
O Setut informou que aceita negociar salários, mas apenas após a conclusão do processo licitatório que vai escolher novas empresas que atuarão no sistema de transporte público da capital.