Os empresários de transporte urbano temem um crescimento exponencial dos ataques a ônibus pelo país com a proximidade da Copa e dizem que, caso não haja segurança, podem parar durante o evento, para evitar prejuízos. Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), há um aumento expressivo do número de ataques a coletivos no país, principalmente nos grandes centros. A NTU afirma que 755 veículos foram destruídos nos últimos dez anos – 289 apenas este ano e 169 em abril.
Os empresários ameaçam não liberar os ônibus para as ruas se houver piquetes nas portas das garagens e faltar segurança. “Evidentemente que, se houver piquetes nas garagens e propostas de depredação, o empresário tem de tomar medidas acauteladoras”, disse o presidente da NTU, Otávio Cunha. “Até mesmo para evitar prejuízo maior no dia seguinte. Isso pode levar a uma paralisação mesmo da atividade. Há um risco muito grande, principalmente na Copa”.
Interesses políticos: Segundo ele, as autoridades de segurança pública não têm atendido aos pedidos da NTU por providências para diminuir os impactos sobre o setor. Ainda de acordo com Cunha, até a presidente Dilma Rousseff foi procurada desde o ano passado, mas, até agora, não houve providência em termos práticos. “Fica a atividade, que é essencial para a população, à mercê das manifestações, que têm todas as origens, como o crime organizado e interesses políticos”.
Para a NTU, os atos de depredação anteontem no Rio aparentemente ocorreram por conta de uma dissidência do sindicato dos Rodoviários. No entanto, aconteceram ações parecidas em outras grandes cidades do país. “As informações que existem é de que há um movimento político-partidário por trás disso”, diz Otávio.
Com informações: Jornal O Globo (RJ) e NTU