O presidente do Sindicato do Transporte Opcional e Alternativo do RN (Sitoparn), José Pedro dos Santos rebateu informações passadas pela secretária municipal de Mobilidade Urbana (Semob), Elequicina dos Santos aos vereadores da Comissão Especial de Investigação (CEI) que investiga a unificação da bilhetagem em Natal.
“Quem não fez o dever de casa foram eles que não publicaram a regulamentação definitiva, mesmo tendo se passado 120 dias da aprovação pela comissão paritária. Hoje existe uma regulamentação temporária que vai de encontro com a lei vigente”, rebateu o presidente.
José Pedro esteve presente na Câmara Municipal de Natal (CMN), na segunda-feira (5), acompanhando os esclarecimentos de Elequicina aos vereadores. Para o presidente do Sitoparn a ordem dos depoimentos foi invertida com a convocação inicial da secretária, ao invés dos agentes divergentes, no caso Sitoparn e Sindicato das Empresas do Transporte Urbano de Natal (Seturn).
Em seu depoimento, Elequicina afirmou que o ponto de maior dificuldade na implantação da unificação é o impasse entre os sindicatos no tocante a utilização de um sistema consensual e integrado, porém, independente entre as entidades.
“Temos informações que eram para serem confrontadas com o que a secretária está dizendo, a menos que ela volte a ser convocada (…) É descabido essa afirmação e ainda comparar o Sitoparn e o Seturn. Entretanto, algo precede essa situação que é o Poder Público retirar seu papel. Os argumento dela não procede. A CEI errou o cálculo ao chamar primeiro a secretária.”, afirmou.
Contudo, um dos pontos tocados no depoimento de Elequicina trata da ausência de técnicos em Ti na Semob e que seria outra dificuldade na implantação da unificação, é considerado um dos mais graves para o a entidade representativa dos permissionários do sistema opcional.
“A secretária confirmou que não tem controle algum sobre o sistema de transporte de Natal. Se ela não tem um técnico em TI para acompanhar as informações que o Seturn encaminha, não existe controle. O argumento que não existe recurso é uma falácia. Elequicina só veio admitir que a Secretaria não tem recurso para contratar um técnico seis meses depois da lei publicada. Não é questão de orçamento. Pelo contrário, se a bilhetagem fosse implantada o Município arrecadaria mais dinheiro ao invés de gastar”, disse.
No entendimento do Sitoparn a secretária desviou o foco do problema e isentou o poder público da responsabilidade de implantar, como órgão gestor, a unificação da bilhetagem. “A Lei diz que a unificação poderia ocorrer com um único sistema, mas não o sistema vigente e sim o sistema que o poder público implantasse. Nesse caso, tanto o Sitoparn ou Seturn teriam que se adaptar. A outra opção diz respeito a interoperabilidade, ou seja, dois sistemas distintos e integrados. Ainda surgiu uma terceira opção e que ficou valendo. Foi o sistema vigente, que pertence ao Seturn e é lógico que eles não iam abrir ou fornecer”, argumentou.
Fonte: Portal No Ar