Rodoviários realizam protesto em frente a sede do sindicato no Baldo

Os rodoviários de Natal realizaram protestos em três pontos da cidade. O Sintro/RN afirma que a paralisação é total, com todos os ônibus retidos até o meio-dia de ontem. Os veículos estão concentrados em três pontos principais, próximo ao cemitério do Alecrim, à Rodoviária Velha (Ribeira), na avenida Duque de Caxias (Rocas) e próximo ao shopping Midway Mall. A reivindicação da categoria é mais segurança aos transportes públicos da capital. No dia 24, um motorista foi ferido durante um assalto.

De acordo com informações preliminares do Sintro/RN, o motorista de um veículo da empresa Conceição foi esfaqueado durante um assalto na noite dessa quinta-feira (24). O motorista, da linha 22 (Felipe Camarão / Rocas), da empresa Conceição, passa bem. Vítima de um assalto na zona oeste da capital, o motorista, esfaqueado no queixo, foi socorrido para um posto de saúde e recebeu os primeiros socorros, mas ficou o trauma, segundo os colegas de trabalho. O criminoso conseguiu roubar cerca de R$ 40,00 e não foi preso.

A ação foi o estopim para a paralisação de advertência, com o objetivo de conscientizar o Governo do Estado sobre a necessidade de ampliar a segurança aos motoristas e usuários do transporte público. Ainda segundo o sindicato, somente em 2014 já ocorreram 178 em ônibus que circulam por Natal, sendo vítimas motoristas, cobradores e passageiros.

Com a paralisação, o trânsito em diversas vias ficou comprometido. No Alecrim, por exemplo, diversos passageiros precisaram seguir o caminho a pé na avenida Coronel Estevam. O tráfego também ficou ainda mais complicado, com o bloqueio de vias próximas ao cemitério do Alecrim, além das avenidas Salgado Filho, Bernardo Vieira e Duque de Caxias.

Enquanto mantinham boa parte da frota parada, um passageiro teria agredido um motorista em frente à garagem da empresa Conceição, no bairro de Felipe Camarão. O caso foi encaminhado à delegacia do bairro, segundo o sindicato.

Retorno ao trabalho: Após duas horas com os serviços suspensos durante esta sexta-feira (25) em protesto à violência nos transportes públicos, os rodoviários retomaram as atividades ao meio-dia e discutem com a Polícia Militar a possibilidade de novas medidas que garantam a segurança dos profissionais e passageiros.

Com a manifestação, a população de Natal foi pega de surpresa. Os motoristas se dividiram em três pontos principais de protesto, com ônibus parados nas vias do Alecrim, Ribeira e Lagoa Nova. O trânsito ficou congestionado e várias pessoas preferiram seguir a pé enquanto ocorria a paralisação.

“Sabemos que uma paralisação não vai resolver o problema da violência, mas precisamos dizer às pessoas que nós também somos vítimas. Não tem polícia na rua e dizemos isso porque ninguém anda mais pela cidade do que o motorista de ônibus”, disse o presidente do Sintro, Nastagnam Batista.

Apesar da suspensão do protesto, o Sintro negocia com a Polícia Militar a possibilidade de ampliar o patrulhamento ostensivo nas ruas de Natal e, principalmente, nos ônibus. Caso não ocorram melhorias, o Sintro não afasta a possibilidade de que ocorram novas paralisações.

“Suspendemos o protesto porque queremos uma integração entre os órgãos responsáveis para que possamos discutir as melhorias da situação. Mas não está descartada uma nova paralisação”, disse Nastagnam Batista, lembrando que na próxima semana começam as negociações sobre a data-base da categoria.

Policiamento: O comandante do Policiamento Metropolitano de Natal, coronel Wellington Alves, admitiu que ocorreu uma diminuição no número de blitze nas ruas de Natal para coibir os assaltos a ônibus, apesar de continuar o policiamento através de viaturas. O objetivo da PM, de acordo com coronel Alves, é ampliar as ações para coibir os assaltos.

“Vamos propor que os companheiros que estão em serviços burocráticos possam ir para as ruas dar um reforço no policiamento nesse sentido. Vamos buscar com a governadora o pagamento de diárias operacionais para tentar ampliar esse policiamento nas ruas e fazer um trabalho mais ostensivo”, disse coronel Alves.

Fonte e fotos: Tribuna do Norte

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