Garagem.com: Flexibilidade que – ainda – não pegou

Os problemas relacionados ao meio ambiente já não são novidades para ninguém, muito menos para as montadoras de veículos automotores. Principalmente desde a década de 90 quase todas as fábricas de automóveis vêm trabalhando no desenvolvimento e lançamento de produtos mais amigáveis à natureza. No âmbito dos veículos comerciais, as fábricas também vêm apresentando soluções mais ecológicas. Mas, a onda ecológica ainda não pegou no transporte brasileiro.
O custo dos produtos ainda é um dos grandes vilões que impedem a massificação do uso de veículos menos poluentes. O Brasil, que escolheu ser um país rodoviário, pouco incentiva o uso de tais veículos nas nossas cidades. E isso não se estende aos ônibus e caminhões, até mesmo carros de passeio e motocicletas também sofrem com a falta de incentivos por parte do Estado.
Mas ainda assim, é possível encontrar boa vontade em algumas empresas e cidades em utilizar um transporte mais “verde”. Em São Paulo os trólebus não são novidade, a Scania comercializa uma linha de produtos movida a etanol, e Mercedes-Benz e Agrale já comercializaram veículos movidos a Gás Natural. Por curiosidade, até mesmo Natal, no final dos anos 80 deu início a um programa de utilização de ônibus movidos a GNV, mas que por falta de incentivos, acabou se tornando inviável.
Há também produtos no mercado como o DG Flex, da Bosch, que permite a utilização de Diesel e GNV ao mesmo tempo, prometendo economia ao veículo. Numa antiga revista a que tive acesso, em testes um ônibus chegou a incríveis cerca de 8 km/l, ao passo que um ônibus convencional faz cerca de 3 km/l. Mas o preço do kit, muito alto, impediu sua ampla utilização.
Felizmente o Governo Federal já sinalizou que quer apressar a entrada de mais veículos ecológicos em solo nacional, e certamente isso se dará por meio de incentivos. É esperado que esses mesmos incentivos sejam dados aos veículos comerciais, para que o uso deles venham ser viáveis para o empresário, que terá a chance de optar melhorar a qualidade de vida dos que dependem de sua empresa.
Por Rossano Varela

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