Na opinião do professor de Administração da Universidade Federal Fluminense (UFF) Aurélio Lamare Murta, a mobilidade acompanha o crescimento econômico do país. “Se há mais empregos, há mais gente se deslocando. Por exemplo, entre os anos 1999 e 2000, houve uma curva de declínio do movimento dos trens no Rio por conta do alto desemprego, enquanto em 2010 houve um impulso nos postos de trabalho e a demanda por transporte também cresceu.
É complicado, em especial, para o transporte de massa acompanhar o ritmo, pois demanda investimento a longo prazo. Aí, acaba que abre espaço para o transporte complementar, como as Vans”, ressaltou.
O especialista ainda ressaltou que é necessário planejamento para que a rede de transportes não entre em colapso diante de situações como a do Rio, onde é registrado recorde de público em barcas, trens e metrô por conta da demolição das obras viárias da cidade, que prejudicaram o trânsito. “Uma rede que é sobrecarregada fica sujeita a ter complicações, pois é mais delicado desencadear ações como a manutenção, por exemplo. E tais complicações acabam também causando a redução no número de passageiros, que passam a procurar outras opções, para modais de baixa capacidade e de mais fácil solução em caso de contratempo”, opinou.
Fonte: Brasil Econômico