Setor que tem no Rio Grande do Sul mais de 40% da produção nacional, a indústria de carrocerias de ônibus espera um 2014 abaixo da expectativa pela continuidade da tensão que envolve o transporte público.
A polêmica sobre as tarifas e as depredações de ônibus frearam a renovação de frota no segmento de veículos urbanos, o mais representativo para os fabricantes, e a intenção de investir permanece tímida.
Após o mercado despencar no segundo semestre do ano passado, a projeção de crescimento de até 10% para 2013 se transformou em um pífio 0,7% – um total de 28.813 unidades.
Como a controvérsia continua, a Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus) estima que a alta do mercado interno em 2014, que poderia ser de até 8%, é projetada agora em no máximo, 2%, com queda especificamente na linha de urbanos. “É o próprio passageiro que vai sofrer”, diz o gaúcho José Antonio Fernandes Martins, presidente da entidade, referindo-se à falta de renovação da frota.
O ano só não será mais fraco pelo esperado avanço na venda de veículos rodoviários, utilizados em viagens intermunicipais e interestaduais, e pelo programa do governo federal Caminhos da Escola, que vai garantir a produção de mais 8 mil veículos – metade para a Marcopolo, de Caxias do Sul.
Outra decepção no ano passado foi a venda de BRTs, devido ao atraso das obras de Mobilidade urbana nas principais cidades brasileiras. A venda foi de aproximadamente 800 veículos, pouco mais da metade do volume esperado pela Fabus.
O prazo é apertado, mas os empreendedores que pretendem erguer módulos de plataformas de petróleo no porto da Capital têm esperança de iniciar a produção no primeiro semestre. O projeto é da gaúcha Interbrasil Transportes e Guindastes Intermodais em parceria com a Ecovix-Engevix. A licença de instalação saiu em setembro, e agora é esperada a de operação.
Fonte: Jornal Zero Hora (RS)