O transporte público de Mossoró continua sofrendo com a precariedade. O número de ônibus para atender toda a cidade é insuficiente. O problema piora quando uma das empresas ameaça deixar de atuar na segunda maior cidade do Rio Grande do Norte.
Alguns usuários da Cidade do Sol já visualizaram um aviso fixado nos veículos informando sobre o possível fim das atividades.
Ninguém na empresa atende as ligações e quando atende, a telefonista informa que Viviane, que seria a gerente, não está ou não poder atender no momento. A mesma informação foi repassada pela funcionária em dois dias seguidos desta semana.
Os membros do Pau de Arara, movimento que luta por um transporte público de qualidade e com preço acessível, não foram informados oficialmente sobre a possível baixa na oferta de locomoção.
“A informação que nós temos foi passada por Galttieri Tavares [secretário de Desenvolvimento Urbano]. Segundo ele, a empresa Cidade do Sol teria comunicado formalmente à Prefeitura de Mossoró, mas que o município garantiu que isso não ia acontecer”, conta Isadora Mendes, integrante do movimento social que é formado, em sua maioria, por estudantes.
O secretário Galttieri Tavares não atendeu as ligações porque estava em uma reunião no Palácio da Resistência.
Ações: Enquanto a falta de informações oficiais persiste, o Movimento Pau de Arara continua fazendo mobilizações. O grupo está planejando iniciar, na próxima semana, caravanas pelos bairros da cidade, especialmente os que têm mais deficiência de circulação de ônibus coletivo.
“Estamos nos organizando para ir aos bairros, reunir os moradores, conselhos comunitários, nas praças para discutir o problema do transporte público da nossa cidade e ações para continuar pressionando o poder público”, acrescenta Isadora Mendes.
Paralelamente, os membros aguardam a realização da segunda reunião – das quatro que foram marcadas anteriormente – com a Prefeitura de Mossoró para continuar o debate em torno do assunto.
“No dia 21 de janeiro, tivemos uma reunião com a participação do Pau de Arara, Prefeitura e Ministério Público. O Ministério Público ficou de analisar a licitação que a Prefeitura vai realizar para saber se está tudo certo, se contempla toda a cidade. devemos ter uma nova reunião na próxima semana”, explicou Isadora Mendes.
Fonte: Gazeta do Oeste