Uma das consequências que a quase utópica licitação das linhas de ônibus urbanos no município do Natal trará é a renovação da nossa frota. Anseio muito por isto! Mas enquanto ela não vem, a frota operante atualmente vai envelhecendo, o que aumenta os custos com manutenção e diminui a capacidade de renovação da frota das empresas.
Os anos que marcaram a cidade nesse sentido foram os de 2008, 2009 e 2010, onde houve uma grande renovação da frota em quase todas as empresas até então operantes. Os anos seguintes foram bons para algumas empresas da região metropolitana, mas por aí ficou.
Agora, Natal já possui uma frota que pode ser considerada como antiga. Creio eu que com uma idade média de cerca de cinco anos de uso. Nacionalmente falando não é das piores, mas, as vizinhas João Pessoa, Recife e, principalmente, Fortaleza, renovam suas frotas com maior velocidade. Destaco ainda a capital do Ceará, que vem ganhando excelentes ônibus para as suas linhas de ônibus.
Mas aí, entra a bendita licitação. Lá as linhas são licitadas. Aqui não. E, como disse certa vez um empresário do ramo: “é difícil trabalhar às cegas”. De fato, é desencorajador investir numa frota que sabe-se lá será aproveitada no certame. Por outro lado, não investir pode comprometer a participação da empresa numa concorrência. Ê dilema!
O futuro é incerto por aqui. Jurava que haveria licitação agora no início do ano. Ficou para o fim. Enfim, que até lá as empresas aguentem o desequilíbrio financeiro, e quiçá renovem ao menos parte de suas frotas, para bem de todos.
Por Rossano Varela
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