Afinal, de quem será a licitação do transporte público de Natal? A quem pertence-a? Ou melhor, ela tem mesmo dono? Ao que parece, sim. A guerra dos poderes por um pedacinho do esperado certame se evidencia cada dia mais. Obrigatoriamente, ela seria realizada pela Prefeitura do Natal, com o teor e aprofundamento discutido na Câmara Municipal, idealizando o serviço ideal para o transporte da capital potiguar.
Acontece que o Ministério Público já deu carta-branca a Prefeitura para que a mesma realize a licitação, sem precisar passar por qualquer avaliação, discussão e/ou aprofundamento na Câmara Municipal. Entendendo que a burocracia da avaliação dos vereadores só iria atrasar algo necessário para o aprimoramento e extrema melhora do setor de transportes da cidade, agora, é só a prefeitura querer, que lança o edital e molda o sistema da maneira como ela bem quiser e bem entender.
Por sua vez, a Câmara não gostou de ficar de fora. Comenta-se que irá, sim, buscar na justiça a obrigatoriedade em participar das ações que delimitam a licitação municipal. As conversas e discussões entre vereadores, englobando a população, é fundamental para a boa estrutura do certame, e, principalmente, para um sonhado sistema de transporte público de qualidade na capital.
Mas deixando o blá, blá, blá e, principalmente, as vontades dos poderes de lado, o que vemos, mesmo, é um interesse de A ou B em ter a assinatura em algo tão importante para a população: a licitação que dará uma nova cara, e deverá dignificar o transporte em Natal. Então, com um transporte de qualidade – ou, pelo menos, o ideal disso – que a licitação deverá trazer, certamente, muitos e muitos querem dizer por onde que aquele bom transporte, também foi ação sua.
Convém acreditar nas possibilidades. Atualmente, ainda sem a licitação, o sistema já está muito mal das pernas. Há, inclusive, quem acredite que talvez mesmo a licitação não seja suficiente. Além disso, teoria e prática caminham distintamente. Um projeto pode ser ideal, excelente no papel, e, quem sabe, não satisfazer as reais necessidades da população.
Não há dúvidas que a licitação de Natal será um marco no transporte de todo o Rio Grande do Norte. Mas só a prática poderá dizer se ela servirá, de fato, aos usuários, a sociedade por um todo. Torçamos que sim! De qualquer maneira, a torcida já é grande, visto todos que querem a licitação pra chamar de sua. A conferir onde isso vai dar!