O projeto executivo da obra de recuperação do viaduto do Baldo, que está interditado ao trânsito há um ano e dois meses, deverá ser entregue hoje à Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), mas a reforma do equipamento, paralisada desde o dia 3 de setembro, só deverá ser reiniciada em janeiro, tendo prazo de conclusão de 180 dias. O valor do serviço, orçado em R$ 1,7 milhão, também poderá sofrer reajuste.
Segundo secretário adjunto de Obras, Caio Múcio Pascoal, o projeto executivo – que foi prometido para o final de outubro e depois para novembro – deve chegar à pasta ainda hoje. O documento aponta a quantidade de material e as técnicas que serão utilizadas na recuperação da estrutura do viaduto, sendo fundamental para a retomada das obras.
A partir da entrega do documento, explica o gestor, a Semopi trabalhará o resto do mês de dezembro na readequação das planilhas de gastos da obra. “Passaremos o projeto para o nosso consultor aprovar Em seguida, dependendo do resultado, começaremos a readequar a quantidade de material com os preços e montar uma nova planilha de preços da obra”, afirmou Caio.
Com os preços readequados, ele promete a retomada das obras para o início de janeiro. “A partir de janeiro temos 180 dias para finalizar a obra do viaduto, mas tentaremos diminuir esse prazo para 120”, calculou. O canteiro já montado e o material estocado ajudariam no encurtamento do prazo.
Pascoal também apontou a possibilidade de um aumento no preço fixado em R$ 1.790.242,29 na licitação da obra em junho. Porém, o preço adicional não pode avançar de 50% do orçamento estimado. Se passar disso, explica, outra licitação terá de ser feita.
Questionado sobre a situação dos moradores de rua que se fixaram nas proximidades do viaduto, o secretário adjunto diz que a responsabilidade da retirada dos sem-tetos não é da Semopi. “O pessoal está morando já no fim do viaduto, não é embaixo. Acredito que a retirada deles seja de responsabilidade da Semtas [Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social]”, alegou.
A recuperação da estrutura física do viaduto, iniciada em agosto passado, contou até o momento com o “apicuamento”, processo de análise da laje do equipamento. Dia 3 de setembro, no entanto, as obras foram paralisadas para que fosse produzido o projeto executivo final.
“A empresa estava fazendo o projeto aos poucos. No entanto, por questões logísticas, ela [BMB Construções] decidiu parar a obra e produzir um projeto executivo único”, explicou o secretário adjunto. A demora do projeto, que já dura três meses, deve-se, segundo disse, aos testes feitos na estrutura física da construção, chamados ensaios, para saber a qualidade do material que constitui o viaduto.
“Desde outubro a empresa está fazendo ensaios no canal do rio e nas paredes de concreto, o que levou tempo”, explicou o adjunto, reconhecendo os transtornos que o atraso da obra traz ao trânsito da capital. “A obra parada é ruim para todo mundo”, admite.
A reportagem entrou em contato com a empresa BMB Construções, mas o engenheiro responsável pela obra não quis falar sobre a retomada do serviço.
Fonte: Novo Jornal