O transporte público brasileiro, que utiliza quase em sua totalidade o óleo diesel como combustível, certamente já sente o impacto do aumento no preço. É complicado, principalmente se olharmos para as cidades cujas políticas para este setor ainda são retrógradas, como Natal, por exemplo.
E é uma pena que o Brasil resista tanto às tecnologias alternativas. Know-how se tem de sobra, mas faltam incentivos por parte do Governo, que parece dificultar qualquer coisa que ameace a poderosa Petróleo Brasileiro S/A. Importar a tecnologia sai caro, muito caro, a ponto de inviabilizar qualquer projeto nesse sentido.
Enquanto isso os empresários do setor de transporte, e também os transportadores autônomos, vão sofrendo com os aumentos. Mais uma vez vê-se com clareza a prioridade que é dada ao transporte individual. É complicado. Aí, vale lembrar que a gasolina brasileira beira a podridão, o diesel idem e as estradas são típicas de países pouco preocupados com sua população.
O caso é complexo, pois há toda uma cadeia por trás das bombas de combustíveis. Ruim mesmo é ter que arcar com os custos diretos e indiretos do aumento do combustível no país. Protestar “saiu de moda”, então, só resta brincar com o frentista, usando o velho dizer “é de ouro, é?”.