Há pouco mais de um mês do início das primeiras obras de mobilidade para a Copa do Mundo, três das quatro frentes de serviço em andamento na capital potiguar estão sendo tocadas dentro do cronograma fixado pela Prefeitura de Natal. Apenas a obra de padronização das calçadas, que visa pavimentar 55 km de passeio público, está atrasada em decorrência de problemas gerados pela burocracia.
De acordo com o secretário de Obras Públicas de Natal, Tomaz Neto, a primeira fase das obras no entorno do estádio Arena das Dunas, iniciadas na segunda quinzena de outubro, está rigorosamente em dia com o que foi acertado com a empresa responsável.
“Já foram cravadas cinco estacas metálicas do túnel que passa por baixo da Avenida Prudente de Moraes para fazer a ligação com a Avenida Lima e Silva. Também foi iniciada a instalação das estacas para a construção da ponte estaiada”, informou o secretário, lembrando que nesta fase está prevista a construção de seis túneis e dois viadutos na região.
Além disso, a obra também abrange a substituição do sistema de esgoto e da rede elétrica. “Semana passada a Cosern interditou a Avenida Prudente de Moraes para retirar a fiação que passa no local onde será construído o viaduto”, alegou o secretário.
No total, serão investidos R$ 222 milhões na construção do complexo de túneis e viadutos, que será entregue até maio do próximo ano. “A partir de janeiro de 2014 começaremos a construção de todos os túneis restantes”, disse Neto.
A segunda frente de serviço, correspondente às obras de drenagem da área próxima ao estádio, está adiantada, com 70% de execução. Orçada em R$ 122 milhões, a obra visa implantar 4.500 metros de túnel que irão escoar a água excedente das lagoas da região para o Rio Potengi.
Nas obras de mobilidade da Avenida Capitão-Mor Gouveia, onde será construído o primeiro binário da cidade, estão sendo instaladas a rede de esgoto e os cabos da telefonia e de energia”, alegou o secretário.
Tomaz Neto também informou que nos três primeiros trechos que estão sendo trabalhados no início da avenida, que liga a BR-226 e a Avenida Prudente de Moraes, já foram feitas as remoções dos pavimentos. “Estamos trocando os pavimentos defasados por outro de melhor qualidade”. Esta obra está orçada em R$ 111 milhões.
A Avenida Mor Gouveia, após a conclusão das obras em maio do próximo ano, será trafegável apenas no sentindo em direção a Avenida Prudente de Moraes. “Também vamos construir duas pistas exclusivas para ônibus com concreto armado, material de melhor qualidade e que resiste mais ao tempo”, alegou.
A Avenida Jerônimo Câmara, paralela à Mor Gouveia, servirá de contra fluxo. “Va- mos também melhorar a situação da Jerônimo Câmara e em breve ampliar as áreas estreitas para o melhor fluxo de veículos”.
A padronização de 55 km de calçadas, quarta obra de mobilidade urbana que está em andamento na capital potiguar, é a única que está atrasada. Orçada em mais de R$ 25 milhões, a obra teve inicio no dia 11 de novembro na Avenida Salgado Filho, em frente ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN).
“Já devíamos ter calçado pelo menos seis quilômetros, mas até agora temos apenas três”, disse o secretário. O atraso, explica, é em função da demora do projeto executivo da obra, feito pela empresa responsável e autorizada pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob).
No entanto, em reunião realizada no início da semana entre a Prefeitura, as secretarias e as empresas responsáveis, analisada a situação. “O atraso desta obra está gerando preocupação, mas vamos aumentar os turnos de trabalho para conseguir acelerar”, comentou Tomaz.
A obra da Avenida Capitão-Mor Gouveia poderá sofrer atrasos com possíveis variações do clima. Tomaz Neto diz que por ser uma obra de pavimentação, as chuvas atrapalhariam a remoção e a recolocação do asfalto. “Eu não posso fazer esse processo com o solo encharcado”, explicou. Já as outras obras, como as do entorno do Arena das Dunas, seriam prejudicadas apenas se chovesse por um longo período de tempo.
Segundo Gilmar Bristot, meteorologista da Emparn (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte), os meses de dezembro, janeiro e fevereiro não apresentam grande freqüência de chuvas. “Normalmente chove pouco”, disse Gilmar.
Fonte: Novo Jornal