Garagem.com: O fundo do poço do transporte intermunicipal do RN

Na semana passada uma notícia surpreendeu a toda a comunidade dos que gostam de ônibus: um double decker da Nordeste incendiou-se. Felizmente ninguém saiu ferido, senão o motorista que inalou alguma quantidade de fumaça. O fato chamou minha atenção não para ele mesmo, mas para o setor, novamente.
Por coincidência fiz uma breve viagem neste último final de semana, no qual tive a oportunidade de passar em alguns terminais de passageiros. Caro leitor, acredite, a situação é dramática! A sensação que tive era de que eu estava num passeio turístico visitando as ruinas do que um dia fora um sistema de transporte.
Um desses terminais estava em bom estado de conservação, com direito a fachadas preservadas de algumas empresas de ônibus que não rodam mais por lá. Além disso, bancos de espera, quiosques e orelhões todos preservados, embora inoperantes. Por fim, as baias onde os ônibus estacionavam: totalmente visível que há muito tempo nada estaciona por lá. A exceção fica por uma das baias que hoje está ocupada com uma barraca improvisada de uma família de sem-teto.
Ônibus eu não vi, mas loteiros sim! Chegando ao terminal que falei anteriormente, um me abordou mais ou menos da seguinte forma: “Natal? Deixo em casa, viu?”. Pelo menos seu carro tinha placas de aluguel (vermelha), indicando que era um taxi. Também vi um alternativo, creio que do tipo E2, mas me informaram que aos domingos e feriados eles não têm horário certo para passar.
É certo que quem viaja pelo Rio Grande do Norte tem suas estórias para contar. Há rumores de que haverá licitação no setor em 2014, mas eu sou cético com relação a isto. O Estado está inerte e dificilmente terá condições de bancar um processo licitatório de tamanha importância. Mas há quem creia que pela pressão da Copa do Mundo algo saia do papel. Mais uma vez, só nos resta esperar.
Por Rossano Varela

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