Licitação: Especialista sugere modelo europeu

Professor da área de engenharia de transportes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Rubens Ramos sugeriu, na audiência sobre a Licitação do transporte público realizada no Sesc da Cidade Alta, três modelos de transporte coletivo da Europa, que podem servir para Natal: Londres, Inglaterra; Paris, França e o de Genebra, Suiça. Segundo ele, o modelo de Londres tem hoje 20 empresas contratadas e pagas por quilômetro rodado, enquanto em Paris ou Genebra, só uma empresa opera tudo, barco, ônibus e trem.
“São três modelos diferentes entre si, mas que podem ser úteis para a cidade. Eles têm em comum um serviço para a prefeitura, mas toda a arrecadação é para o município, que paga às empresas e às operadoras pelos serviços prestados”, explicou. Para ele, o modelo proposto de concessão e previsto na lei que foi retirada da Câmara recentemente “é um avanço porque regulamenta o passado, mas é obsoleto, no mundo não se usa mais isso”.
Segundo Ramos, em Londres, a prefeitura através de uma empresa estatal ou autarquia contrata os operadores, onde a execução dos serviços é puramente privada, mas o gerenciamento e planejamento é público. “Pode-se contratar uma empresa para vender a bilhetagem, pode terceirizar tudo, gerencia em seu nome, mesma coisa com limpeza, segurança, mas o serviço é seu [da prefeitura] e é você quem vai definir o que é importante”.
Outro aspecto, econômico, segundo ele, é que se descobriu que não se pode manter um serviço pago pelo usuário. Na Europa, o valor da passagem é 50% subsidiado, em Paris, por exemplo, 80%: “Então, a única coisa que temos no transporte que ofereça frequencia, qualidade é com subsídio, isso significa solidariedade entre as pessoas, quem anda de carro, apaga pagando impostos que vão desaguar lá no transporte público”.

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