O ano de 2013 certamente ficará na história, como o ano onde o “gigante acordou”. Independente de ter acordado ou não, o fato é que inúmeras manifestações aconteceram – e ainda acontecem – em várias partes do país, tendo o início na capital potiguar. Entre outras reivindicações, a mais expressiva foi à busca pela melhoria do transporte público brasileiro.
Mas que qualidade é essa que tanto falam? Antes da resposta, o que se vê por aí é a redução de alguns impostos que incidem sobre a tarifa paga pelo usuário, aliás, em várias capitais a própria tarifa diminuiu. Projetos de faixas exclusivas para ônibus, BRTs e BRSs também têm surgido num gesto político para acalmar os ânimos dos militantes. Mas, não são suficientes.
A qualidade reivindicada não passa exclusivamente por ônibus novos, faixas exclusivas, estações de transferência, etc. É certo que todos querem um transporte público inteligente e acessível! Essa é a qualidade! Mas o que tem sido visto são ações individuais, que não acabam com os problemas.
É nítida a falta de técnica por parte de muitos gestores públicos brasileiros, onde a politicagem ofusca a razão e o real objetivo do cargo público. O resultado é esse que vemos nas ruas – isso vai muito além do transporte público: saúde, educação e segurança pública são muito prejudicados –, trânsito caótico, população estressada e doente.
Já diz o ditado popular de que o futuro a Deus pertence, mas, é possível vislumbrar que a qualidade ansiada ainda está longe da realidade. Enquanto isso, as ruas se enchem de manifestantes, de carros – muitos -, ônibus velhos e inadequados dando dinheiro à empresários pouco comprometidos com seus clientes. Mas, há esperança, e ela surge no mês de outubro de 2014, em frente a uma urna. A conferir!