Garagem.com: Um pouco de sombra e carro fresco

Acredito que muitos dos leitores que acompanham esta coluna residem em cidades nordestinas, inclusive as litorâneas. Então é do conhecimento de todos que temos a agradável presença o sol na maior parte do ano. Mas às vezes esse maravilhoso astro aparece com uma intensidade mais forte do que gostaríamos, e então passamos calor – muito calor. É nesse momento que nós desejamos estar num refrescante ambiente climatizado.
Quem utiliza ônibus urbano, porém, não pode usufruir do conforto proporcionado pelos aparelhos de ar-condicionado.  Aliás, quase ninguém. Se não me engano ainda há ônibus urbanos dotados do equipamento em cidades como Fortaleza, Recife e João Pessoa. Mas, na minha querida e complicada Natal, não há mais nenhum.
Entendo que o maior problema quanto a utilização do ar-condicionado seja o custo operacional. Geralmente as empresas de ônibus Brasil a fora oferecem esse equipamento em linhas expressas ou cobram uma tarifa diferenciada, justamente pelo fato de a maioria das tarifas nacionais (será?) não suportarem a utilização do refrescante aparelho. Por aqui mesmo, os últimos ônibus equipados rodaram pela Trampolim da Vitória em linhas cuja tarifa era mais alta.
Mas será que um dia vamos voltar a andar em ônibus “fresquinhos”? Acredito que sim! Não que isso valha como uma certeza, mas o atual prefeito de Natal garantiu a presença de tais ônibus na capital, ressalvando que seriam apenas alguns. Tudo bem, é um imenso avanço! Inclusive, a quase utópica licitação deve dar mais segurança para a classe empresarial investir nesse tipo de equipamento, pelo menos nas empresas mais compromissadas com os passageiros.
E vocês lembram do texto da semana passada? Pois bem, acho que a reconquista do espaço perdido também passa pela adoção de itens de conforto para os passageiros. Vou ilustrar: certa vez utilizei um ônibus da Trampolim da Vitória para ir de Macaíba a Natal que possuía além de ar-condicionado, poltronas rodoviárias – tratava-se de um Busscar Urbanuss Pluss. Queridos leitores, posso garantir que em nível de conforto o ônibus superava muitos carros de passeio que tive a oportunidade de andar. 
Mas, mais uma vez só veremos algo mais concreto no futuro. É impensável exigir das atuais empresas operadoras de Natal e Grande Natal a adoção de veículos mais completos, tendo em vista que elas alegam um desequilíbrio financeiro. Enquanto os maravilhosos ônibus não voltam, vamos aguentando o calor da frota pobre que temos a nossa disposição. 
Por Rossano Varela

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