Se existe algo com a qual o natalense está traumatizado, esse algo é o buraco. Deveras, afinal, passamos alguns anos dando lucro às lojas de pneus, amortecedores e congêneres. Numa nova gestão, a Prefeitura do Natal já fez em alguns meses o que não foi feito em quatro anos. Porém, a cidade do Natal ainda padece de muitos serviços em sua estrutura viária.
Uma avenida me inspirou para produzir essa conversa com vocês: Avenida Bernardo Vieira. Certamente uma das mais movimentadas da capital potiguar, e a única com um corredor exclusivo para ônibus urbanos (algumas outras possuem apenas um contra-fluxo).
E é justamente no corredor dos pesados onde se encontram os buracos, digo, crateras. É impressionante a dimensão de algumas, ao passo que nem mesmo os motoristas dos ônibus se arriscam em passar nelas. Nem preciso dizer como é perigosa essa situação – que traz o risco iminente de um acidente.
Inclusive, tal situação já foi mostrada no ano passado aqui no UNIBUS RN. Clique AQUI para ler a matéria.
Ao ver um ônibus passando numa dessas crateras, fico intrigado comigo mesmo por defender a utilização de ônibus com suspensão pneumática em Natal. É um sistema robusto – e superior em vários aspectos à suspensão metálica – mas que não combina com uma utilização muito severa.
Sendo assim, levando em conta que o transporte público é um sistema, e sabendo que sistemas são compostos de partes, acredito na lógica de que para o todo ir bem, as partes precisam estar bem. E é do conhecimento de todos que nosso sistema de transporte público em Natal está bastante adoecido. Mas enquanto as partes não se entendem, seguremos firmes, porque aqui o ônibus sacode e balança.
Por Rossano Varela