Na semana passada apresentei uma opinião acerca do modo de operar de algumas empresas de médio e pequeno porte. Apresentei ainda o termo “melhor transportar bem do que transportar muito”, e creio que pude expressar minha ansiedade em ver empresas de transporte adquirindo essa filosofia nas operações.
Pois bem, há ainda outro fator que pode entrar nesta discussão: criatividade. Vamos a exemplo? No final dos anos 90 a Viação Riograndense tinha em alguns ônibus de sua frota freezers de uma determinada marca de sorvete no qual era possível comprar um refresco durante as viagens.
As possibilidades vão muito além do que instalar um equipamento no ônibus. Acredito que é possível, e é preciso, através da criatividade buscar formas de transformar o passageiro em cliente. Uma atitude simples que tenho certeza que dá certo é se aproximar dos passageiros. Afinal, todo passageiro sente-se bem em ser “notado” pela empresa.
Nesse sentido as redes sociais podem auxiliar muito numa aproximação – e algumas empresas já o fazem -, divulgando promoções, emitindo mensagens de carinho aos clientes, informando novos destinos e alterações em rotas. E no contato físico com o cliente, apurar a cortesia dos funcionários para com os clientes já é uma atitude excelente.
É bem verdade que essas ações são verdadeiramente subjetivas e exigem planejamento e até mesmo auxílio profissional para executar ações nesse sentido. Mas a boa vontade do empresário – ou do grupo empresarial – é a pedra fundamental. Há muito espaço para reflexões. Enquanto isso, bato o pé e afirmo com certeza: é melhor transportar bem do que transportar muito.
Por Rossano Varela