Cerca de 30 a 40 ônibus ficaram parados nas imediações da praça Augusto Severo, também conhecido como largo do Teatro Alberto Maranhão, na Ribeira, na tarde de ontem. A paralisação dos transportes aconteceu para reivindicar mais segurança no transporte público natalense.
Os veículos ficaram com os passageiros dentro e o trânsito na região ficou travado. A paralisação aconteceu até às 17h. Enquanto isso, permissionários que estavam na Prefeitura desocupavam o local.
Um dos organizadores do protesto, Josenildo Oliveira, disse que a paralisação de duas horas aconteceu por esta quinta-feira (25) ser comemorado o dia do rodoviário e ele critica a falta de segurança. “São mais de 300 assaltos em sete meses. E o motorista é assaltado duas vezes: uma pelo ladrão e outra pela empresa, que o cobra pelo valor roubado”, afirmou.
Ele revelou ser oposição ao Sindicato e denunciou que “o Sintro tem compromisso com as empresas e o Seturn”. “Não é representativo a nós”, declarou. Segundo Oliveira, a paralisação foi de surpresa pois eles sofrem “perseguição do Sintro e das empresas”.
O cobrador Maurício Martins disse que “é assalto todo dia”. “Eu já fui vítima. E essa paralisação é para que a população sinta e possa nos ajudar”, comentou.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários (Sintro), Nastagnan Batista, o ato não foi convocado pelo sindicato.
Permissionários deixam Prefeitura: A sede da Prefeitura de Natal já foi desocupada pelos trabalhadores do transporte alternativo que estavam no local desde a manhã da última terça-feira. A saída do imóvel foi decidida após reunião com representantes da prefeitura e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RN).
No acordo, ficou decidido que a prefeitura vai encaminhar para a Câmara Municipal de Natal um projeto de lei que trata sobre a bilhetagem unificada e, amanhã, o prefeito Carlos Eduardo vai anunciar a data da reunião com a categoria.
Na manhã de ontem, os permissionários chegaram a receber uma intimação de reintegração de posse, mas decidiram resistir e tentar um acordo. Antes da saída dos manifestantes, o local foi periciado por uma equipe do Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep).
Com informações: Portal No Ar e Tribuna do Norte