Acidente da Bernardo Vieira: Falhas de sinalização podem ter causado colisão

A investigação do acidente envolvendo o ônibus da linha 10/29, da empresa Reunidas, e um trem, que aconteceu no último dia 10, na Avenida Bernardo Vieira, e que vitimou fatalmente o estudante Francisco Davi, 14 anos, está chegando à sua fase final. De acordo com o delegado Sérgio Leocádio, da Delegacia Especializada em Acidentes de Veículos, ele espera ouvir os últimos depoimentos restantes nesta semana.
Após colher informações com o motorista, o cobrador, os dois maquinistas, o operador da cancela, algumas testemunhas oculares e mais 20 vítimas que estavam no veículo, ele finalizará com os depoimentos do restante dos passageiros do ônibus, os representantes da CBTU, e da prefeitura, os peritos do ITEP, além da família da vítima fatal.
De acordo com o delegado, as investigações no local, nos dias que se seguiram ao acidente, foram de extrema importância para elucidar o caso. Por meio delas constataram outros pontos importantes, que podem ter colaborado com o acidente.
Por esse motivo, os depoimentos de pessoas ligadas à CBTU, e à Prefeitura devem constatar a responsabilidade sobre a sinalização. “A competência (da sinalização) é da CBTU, a princípio. Mas existem convênios com prefeituras” disse. A importância da clareza destes pontos se refere ao fato de que com a eficiência destes mecanismos de alerta, o acidente do dia 10 poderia ser evitado. “Teve o acidente? Teve. Vamos seguir uma linha em busca de um culpado direto, mas vamos observar os fatores secundários”, concluiu.
De acordo com Leocádio, a colisão poderia ser evitada com uma sinalização adequada, da mesma forma como também poderia ser pior sem ela. “Se pega no meio (do ônibus), este acidente seria um dos maiores de nosso estado” constatou.
Enquanto concedia entrevista à equipe do Jornal de Hoje, o delegado estava em Recife, onde analisava as sinalizações das passagens de níveis daquela cidade. “Estamos procurando somar o maior número de informações para ter o melhor resultado possível na investigação”.
O motorista do ônibus Erivan Aureliano, 50 anos, chegou a ser chamado para prestar depoimento pela segunda vez. Mas segundo o Leocádio, a outra convocação se deu para validar algumas informações obtidas nos outros depoimentos, visto que o condutor do veículo foi o primeiro a depor. De acordo com o delegado, ele não cometeu contradição em relação ao primeiro testemunho.

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