Editorial UNIBUS RN: Não tem protesto que baixe os impostos!

Pregos batidos, pontas viradas! A afirmação é no plural, tal qual reflete a dupla afirmação do Governo do Rio Grande do Norte e da Prefeitura do Natal. Ambas as gestões são enfáticas em afirmar que a redução de impostos para as empresas de transporte coletivo não é, se quer, uma possibilidade que pode ser estudada.
Tal redução significaria o mantimento – ou até a redução – do valor das tarifas (urbana e semi-urbana) com um equilíbrio econômico que conseguiria melhor estruturar o sistema de transporte por um todo. Atualmente, a alta carga tributária alimentada pela falta de subsídios é apontada como um vilão, por refletir no valor da tarifa, tornando-a cada vez mais alta.
Exemplos bem sucedidos ocorrem em capitais próximas, como Recife e Fortaleza. Na capital cearense, por exemplo, a carga tributária foi praticamente zerada, e a estabilidade e estrutura do sistema têm conseguido ser mantida com um baixo valor da passagem. É importante ressaltar que nem mesmo a redução de impostos consegue impedir o aumento – praticamente uma regra do sistema capitalista, onde tudo aumenta.
Mas, mesmo assim, tal redução significa um mantimento e prolongamento dos valores das passagens de ônibus – ou seja, atrasando o máximo possível os aumentos de tarifas que ocorrem pelas cidades brasileiras.
No Rio Grande do Norte, isso pouco importa! Pouco importa se hoje o usuário paga uma tarifa pequena, enquanto as empresas podem estar a beira da falência; ou não importa se usuário paga uma altíssima tarifa, deixando faltar algo em sua casa, enquanto as empresas possam estar numa situação melhor. Seja o que for, não é possível se chegar a uma lógica.
E nesse contexto, parece que nem mesmo os protestos que vêm marcando o país conseguem essa mudança. Nos cofres públicos ninguém mexe!

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