A variação de preço medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) no grupo de transportes, que foi de -0,03% em maio, inverteu o sinal em junho, com alta de 0,1%. Isso aconteceu, principalmente, por conta das tarifas dos ônibus urbanos, que, liderando os maiores impactos de junho, com 0,05 ponto percentual, tiveram aumento de 1,83%, ao passo que em maio haviam apresentado queda de 0,43%.
Devido ao período de coleta de dados do índice, não houve ainda a repercussão da redução de tarifas de transporte urbano anunciadas pelos municípios do Rio e de São Paulo, as capitais que têm maior impacto no IPCA. O resultado do indicador foi divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mas não foram só os ônibus urbanos que contribuíram para a variação positiva do grupo transportes em junho. Houve pressão dos aumentos nas passagens aéreas (de -3,41% em maio para 6,68% em junho) e nas tarifas dos ônibus intermunicipais (de zero para 0,81%). A gasolina (-0,93% em junho contra -0,36% em maio) e com o etanol (-4,40% contra aumento de 0,38% em maio) registram impacto para baixo.
No acumulado do primeiro semestre, os grupos educação e alimentação e bebidas apresentaram os maiores aumentos de preços, apontou o IPCA-15.
De janeiro a junho, a educação teve alta de 6,75%, ao passo que o grupo alimentação e bebidas avançou 6,49%. No mesmo período, o IPCA-15 subiu 3,45%.
Outros dois grupos tiveram aumento de preços acima do IPCA-15 no primeiro semestre. Foi o caso de despesas pessoais (4,85%) e saúde e cuidados pessoais (4,55%).
No acumulado do ano até junho, o IBGE também apurou altas em artigos de residência (2,95%), vestuário (2,56%), transportes (1,54%) e comunicação (0,25%).
Dos nove grupos que integram o IPCA-15, habitação foi o único a ter deflação de janeiro a junho, ao cair 0,21% nesse período.
Fonte: Valor Econômico