Editorial UNIBUS RN: Nem choro, nem vela!

Devido o anúncio da nova tarifa de ônibus de Natal feito pela Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal na última sexta-feira (10), o Editorial UNIBUS RN está sendo publicado, especialmente esta semana, neste domingo. E o tema que abordamos é, justamente, o aumento da tarifa – que muito já tem se falado nos últimos tempos.
É obvio que aumento de custos não é viável para ninguém, em meio algum – ainda mais em um serviço tão essencial, quanto o ônibus urbano. A interferência direta afeta as famílias e, muito mais que isso, questiona-se a melhoria no serviço prestado. Tudo isso depende, principalmente, de políticas públicas. O ônibus em si, é uma parte mínima no meio de tudo que interfere na operação do transporte.
Tal operação depende de concessão, onde é impossível que haja um congelamento de preços – muito pelo contrário; os custos aumentam significativamente. Em Natal, a situação chama atenção pelo tempo em que não há aumento de tarifa – único financiador dos custos, entre eles, os principais (salário dos funcionários e óleo diesel), que sofreram vários aumentos no período. É uma questão, até mesmo de lógica, que a atual tarifa não consiga mais sustentar o sistema.
Em todo esse tempo, não houve, por exemplo, redução dos impostos pagos pelas empresas para amenizar a falta de equilíbrio entre os valores que entram e que saem da empresa. A redução de impostos tem sido adotada em várias capitais, e é vista como um viável meio para a manutenção de baixos valores da tarifa. Infelizmente a prefeitura de Natal parece não querer, seja a frente de qual gestão for, perder dinheiro.
Tudo recai para os usuários que, como já exposto, terá que apertar o orçamento e pagar por um serviço mais caro – tal serviço que, segundo os empresários, tenderá a permanecer como está, uma vez que o aumento só deverá começar a cobrir o que se arrasta com a defasagem da tarifa.
Com a incompreensão do aumento na tarifa e o desejo da manutenção do atual valor, começam também os protestos – o primeiro já está marcado para a próxima quarta-feira (15). No último aumento, ocorrido ano passado, os protestos resultaram em vários feridos e o prejuízo de dois ônibus incendiados.
Resta agora saber em que terminarão os protestos desta vez. Novos prejuízos – pessoais e materiais; revogação do aumento; manutenção do aumento… Muitas possibilidades, certamente. Certamente também nem choro, nem vela adiantará – a conferir: para as empresas, ou para a população?

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