O aumento da tarifa de ônibus para R$ 2,00, autorizada há quase dois meses pela Prefeitura de Mossoró, teria uma contrapartida ao usuário: melhorias no atendimento e nas condições estruturais do serviço. No entanto, os usuários ainda aguardam a implementação de algumas dessas medidas.
A principal razão apontada para o reajuste no valor cobrado seria o aumento abusivo do preço da gasolina, que onera ainda mais o setor. As empresas concessionárias pressionavam o poder público municipal e também reclamavam que a tarifa em Mossoró estava congelada há quase três anos, diferente do restante do país.
O subsecretário de Trânsito, Marlus Ciarlini, explica que a Prefeitura está em fase de finalização com o serviço de integração das linhas. O titular da pasta diz que já ocorreram testes e o que falta é definir quais serão as paradas de ônibus utilizadas.
“Estamos em fase final da integração. Nós vamos iniciar com uma linha do bairro Abolição (zona oeste) ao conjunto Nova Vida (zona leste). Verificamos uma grande demanda nesse setor”, explica.
A integração tem como principal objetivo diminuir os custos para quem precisa atravessar a cidade usando o transporte coletivo. O usuário pagaria tarifa única e utilizaria o cartão eletrônico, com chip. A medida é utilizada em boa parte do país.
Sobre a ouvidoria para reclamações, denúncias e sugestões, Marlus afirmou que a Prefeitura já conta com o serviço e as ligações serão direcionadas à secretaria específica. “Não existirá uma ouvidoria apenas para o transporte coletivo, será uma geral e o usuário é direcionado de acordo com o teor da reclamação”, esclarece.
Apesar das reclamações da população que depende desse tipo de transporte, o responsável pelo setor de tráfego de uma das empresas concessionárias ressalta que, com exceção da integração das linhas, o que foi acordado está sendo cumprido. “Nossos carros passaram por vistorias mecânica e estética (ajuste das bancadas e reparos internos). A empresa está cumprindo com o que foi determinado”, esclarece Ismaquias Peixoto.
A empresa mantém uma frota de 16 ônibus circulando na cidade. Ismaquias complementa dizendo que o sistema GPS já vem sendo utilizado desde o início de abril. “Estamos trabalhando para cumprir o que foi determinado, mas tem que ter a fiscalização. A concorrência e o uso ilegal da carteira de idoso é o que mais prejudica o setor”, finaliza.
Fonte: Jornal de Fato