Garagem.com: O futuro dos pequenos

Nesta semana começou a funcionar a mais nova linha da cidade de Natal, a 54A. Fato curioso é que ela tem sido operada pelo transporte opcional, sob pintura da empresa Santa Maria. Tal fenômeno já havia ocorrido após algumas linhas terem sofrido acréscimo de frota, como a 38, 40 e, mais recentemente, 57.
Com esse feito, refleti sobre algo que provavelmente irá acontecer quando as linhas de ônibus de Natal forem licitadas: a integração entre os sistemas opcional e convencional. É bem verdade que a linha 54A não é um exemplo perfeito do que realmente deve acontecer, visto que os opcionais devem ficar com trajetos curtos, do tipo alimentador, mas já podemos considerar como um “sinal” de que deverá sim haver essa integração.
É racional adotar o uso de veículos menores em linhas “bairro a bairro”, pois são mais econômicos e ágeis que os ônibus convencionais. Pode-se até pensar numa frequência maior de veículos desse porte, diminuindo o tempo de espera nas paradas, o que hoje é um problema evidente no atual sistema.
Porém, é preciso reformular a ideia que se tem sobre o transporte opcional em Natal, a começar pelo nome “opcional” que precisa ser substituído num sistema integrado e inteligente. Atualmente esse tipo de serviço tem má fama, haja vista que os veículos que atuam hoje em dia não possuem uma configuração padrão, e geralmente funcionam em estado precário e sob direção de motoristas imaturos.
É preciso alertar também para a estrutura dos veículos. Se vamos mesmo começar a tão sonhada integração entre ônibus e opcionais, no aspecto de alimentadores, não nos cabe mais termos veículos de pequeno porte rodando. Os micros devem ser, a partir de agora, obrigatoriamente semelhante aos micros das empresas – em média, com chassi de 9T.
Para ser mais direto, devemos abominar carros extremamente curtos – tais como estão rodando alguns Volares (entre outros modelos) nas linhas 54A e 57 que, creio eu, tem capacidade de levar 15 pessoas em sua lotação total. Já que esse sistema vai, de fato, se integralizar ao sistema de ônibus, a melhoria na estrutura dos opcionais é o mínimo que se pode ser pedido – a começar pelo tamanho dos ônibus.
Houve um tempo em que eu era antipático com esse tipo de serviço – na verdade ainda sou, mas pela forma como é prestado -, contudo, hoje o vejo como uma futura solução, sobretudo para os bairros mais distantes, como Guarapes, Ponta Negra, Redinha e até mesmo bairros da região metropolitana que fazem divisa com Natal.
Quiçá volte o termo “ligeirinho” para identificar o serviço a ser prestado por veículos, no máximo, do tipo micro-ônibus. Com uma tarifa adequada à linha e com veículos padronizados, adaptados e, principalmente, completamente integrados com as linhas convencionais de ônibus.
Tenho plena convicção que os “pequeninos” encontrarão um espaço no novo sistema de transporte público de Natal que há de se instalar em breve. A querida cidade do sol agora aguarda a resposta pela confiança dada aos gestores públicos na eleição passada, e com a certeza de que, para o transporte público, o pior está passando.
Oceano e as baratas
Tenho me assustado com a quantidade de insetos que tenho visto nos ônibus da Oceano. Dezenas desses bichinhos saem tranquilamente do estofamento das poltronas para passear no salão de passageiros. É hora de expulsar esses passageiros clandestinos. Aposto que elas nem pagam passagem!
Rossano Varela – Interino

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