Editorial UNIBUS RN: Redução de custos e seus reflexos

Como sabemos, no mês de agosto de 2012 a SEMOB autorizou o aumento da passagem do transporte público em Natal, aumento este que desencadeou uma onda de protestos com ônibus queimados, suspensão da integração temporal por alguns dias e tudo mais. No fim, sabemos que a passagem acabou não aumentando, mas algumas coisas mudaram após isto.
Uma dessas mudanças foi à diminuição do número de cobradores existentes nas empresas da capital. Hoje em dia não se é tão difícil achar ônibus com a posição do cobrador lá, mas sem o cobrador presente, e sim o motorista fazendo as duas funções.
Esta mudança começou a partir das linhas com demandas consideradas menores, e que comportariam de uma maneira ou de outra tais adequações, até aceitáveis em certo ponto, mas após esta revogação do aumento das passagens a situação piorou.
Hoje vemos linhas com grande movimento sem a presença física do cobrador. Jamais pensaríamos que poderíamos ver linhas como 63, 30, 33, 37, 44, 50 ou 83 (citadas como exemplo) com a posição tão singela do cobrador simplesmente vazia. Imagine aí, caro leitor, como é o sofrimento para quem precisa pegar uma dessas linhas citadas em horários de pico, com o motorista fazendo a dupla função? E o que isto acarreta? Atrasos, demora para as pessoas poderem ter acesso ao ônibus e o aumento do stress e da atenção por parte do motorista.
Infelizmente a economia – tida como necessária – da falta do cobrador não agrada a todos. Usuários, insatisfeitos, que sofrem com as demoras e até os perigos que o digam!

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