Alguns meses após o SETURN – Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Natal – anunciar o primeiro consórcio de empresas da capital, seus efeitos começam a aparecer, de fato. Contrariando muitos dos especialistas em transporte, as empresas Santa Maria, Reunidas e Guanabara – formadoras do Consórcio Norte Sul – resolveram investir em operação. A contrariedade se dá pela crença que os especialistas tinham de que primeiro viria uma possível padronização de pinturas entre os veículos das empresas, ou até mesmo a unificação de uma só empresa. Nada disso!
E já que o tempo urge e a Sapucaí é grande, esse investimento em operação não poderia se prolongar mais. Não há quem possa negar que existem muito mais deficiências entre outras linhas que as empresas operam, visto as que foram recentemente modificadas (11-17, 35, 47, 78 e 78A); mas essas, em especial, eram linhas que mesmo com uma demanda considerada expressiva, eram linhas mortas. Comumente viam-se os carros das linhas 47, 78 e, principalmente, 35, com bancos vazios em pleno horário de pico. As mudanças havidas foram um upgrade – bom para os usuários, e melhores ainda para as empresas, que agora têm, de fato, um rendimento muito melhor dessas linhas.
Com a boa relação vivida entre as empresas – que, de fato, se deram muito bem nesta união – nos resta aguardar e vermos novas modificações operacionais que provavelmente virão. Até faço apostas que pode estar sendo pensado algo para a zona oeste. A região tem recebido notório investimento da Santa Maria, mas a Guanabara permanece discreta por lá. Apesar de quê, a depender do passo que for dado, a situação pode influenciar também para a empresa Conceição. Pois bem! Resta-nos aguardar e conferir!
Dos males, os menores
Sou sincero em afirmar o quanto prezo por uma nomenclatura correta das linhas de ônibus do sistema. Até já citei aqui, nesta coluna, diversas falhas de itinerários eletrônicos entre as empresas (e pouco foi corrigido, lamentavelmente!).
A atenção com os números não seria diferente! Ainda tento entender qual a razão da linha unificada no último sábado ter sido numerada “78A-47”. Primeiramente questão de lógica: 47 vêm antes de 78; além do mais, historicamente, todas as linhas unificadas que receberam o prefixo das duas linhas, tiveram o código menor na frente: 11-17, 12-14, 15-16, 23-69, 61-62 e até as recentes 10-29 e 17-78. Mesma regra para as linhas especiais de domingo: 19-25 e, até bem pouco tempo, 10-64. Por que, então, “78A-47”? Vale uma correção, ou melhor, uma inversão: 47-78A.
Faz sentido!
Não me canso de afirmar o quanto sou contrário ao processo de pintura dos ônibus que a Guanabara vem fazendo em seus veículos. Para os ônibus que estão chegando agora a Natal – sejam em compra de veículos zero KM ou remanejamento de veículos das empresas de Pernambuco – a nova pintura é excelente! Porém, repintar os veículos da frota antiga da Guanabara é uma péssima ideia, uma vez que com a licitação, mais cedo ou mais tarde, muito provavelmente será implantada a padronização de pinturas entre as empresas.
Mas algo que faz completo sentido e eu me mostro completamente a favor, é a modificação na farda dos funcionários, que aconteceu na empresa. Saiu o famoso azul – acaba-se, sim, um modelo de farda único, como era o da Guanabara – e agora prevalece a mesma farda da Empresa Metropolitana, de Recife; calça preta e camisa branca. Os funcionários, aliás, não se cansam de brincar que se tornaram garçons. Outros até dizem: “O que vai haver de garçom subindo pela porta traseira dos ônibus…”; faz sentido!
Mas faz sentido também o fato de que não há mais azul na Guanabara. Agora, as cores da empresa são amarelo, branco e preto. Não tinha mais lógica, então, seus uniformes naquela cor.
Thiago Martins