O lucro com os orelhões caiu, mas devido ao vandalismo e à estagnação tecnológica, que usa o mesmo sistema de 20 anos atrás, os custos aumentam. Hoje, a Oi tem uma receita mensal de R$ 10 por orelhão e a Telefônica de R$ 14. A média histórica era de R$ 110 por aparelho. Ainda segundo a Anatel, 49% dos aparelhos de telefonia fixa pública no Brasil fazem menos de duas chamadas por mês ou no máximo, duas por dia.
Por isso, uma das sugestões a serem colocadas em consulta é a redução de 538 mil orelhões dos 950 mil existentes no Brasil. No entanto, a Agência propõe às operadoras novas soluções tecnológicas e criação de novas opções para os usuários. Entre elas, está a instalação de telefones públicos dentro de ônibus urbanos.
Segundo a Anatel, em nota, a tecnologia ainda vai ser escolhida, mas a modernização do sistema de telefonia pública deve ser parcialmente implantada já para a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016.
Apesar de ser um “orelhão”, os aparelhos nos ônibus vão usar redes móveis que podem ser conectadas aos aparelhos de GPS dos veículos para captação do sinal ou mesmo terem uma conexão independente dos equipamentos para monitoramento do tráfego dos veículos de transportes públicos.
Outro modelo proposto é um novo tipo de “orelhão”, que só pode ser instalado em locais seguros, que permite acesso à internet, envio de mensagens de texto e possibilidade de conexão com notebooks, smartphones e tablets.
As operadoras vão ter regras mais brandas para a telefonia pública, mas em contrapartida terão de oferecer sistemas e aparelhos com maior qualidade de serviço, como banda larga, telefones com câmeras e telas e “orelhões” acessíveis para portadores de limitações visuais e com audição reduzida.
Os orelhões convencionais não devem ser reduzidos em escolas, hospitais e locais mais afastados cuja rede de telefonia móvel não consegue atender a população.
Fonte e imagem: Blog Ponto de Ônibus