Em 16 de setembro de 2011, Natal se viu refém do medo. Oito ônibus foram invadidos, esvaziados e criminosos tentaram incendiá-los. A ação, no entanto, restou parcialmente frustrada após os veículos sofrerem poucos danos em razão do fogo. Em um dos veículos, a sigla PCC foi pichada, mas o secretário de Segurança, Aldair da Rocha, disse não acreditar em focos da facção no RN.
Passado mais de um ano desde o ocorrido, nenhuma autoridade da segurança veio a público para informar como aquela ação foi planejada e executada e quem a comandou. A única medida prática tomada após os ataques foi a transferência de 15 detentos da penitenciária de Alcaçuz para o Sistema Penitenciário Federal.
Sem uma investigação efetiva, o Estado não conseguiu que eles permanecessem isolados em um sistema com maior rigor. Ainda não se sabe o que esteve por trás dos ataques.O Novo Jornal solicitou à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) o paradeiro atual dos detentos transferidos naquela oportunidade. A pasta se restringiu a informar que 15 foram transferidos para unidades federais e dois deles já retornaram. Mas, de acordo com a Vara de Execuções Penais outros também foram devolvidos. O Departamento Penitenciário Nacional declarou, através da assessoria de comunicação, que não informa a localidade de detentos no sistema federal por questões de segurança.
“O que sei é que a maioria daqueles transferidos já voltou. Para um ou outro, conseguiu-se alguma prova para sustentar a sua detenção no sistema federal. Mas o Estado até agora não conseguiu provar o envolvimento dos demais”, disse o juiz Henrique Baltazar.
Fonte e foto: Novo Jornal