Não é de hoje, caro leitor, que um dos maiores desafios que os governantes devem (ou deveriam) assumir é a inclusão social de todos, incluindo aqueles que infelizmente, por algum motivo, vivem em sérias dificuldades – como morar na rua e/ou viver de esmolas, por exemplo. Tais mazelas são facilmente encontradas em cidades de médio a grande porte país afora, deixando aquela interrogação de o que fazer para melhorar a vida daquela(s) pessoa(s) que vivem numa situação tão degradante.
E aqui em Natal não é diferente. É muito comum as pessoas cruzarem com pedintes, moradores de rua ou passar por locais que alguns moram em extrema deficiência de infraestrutura – tudo por causa da condição socioeconômica que passam naquele momento de suas vidas.
Mas, por que falar de pessoas que estão nessa situação em um site voltado para o transporte e o trânsito?
Nesta semana, uma excelente matéria publicada no Novo Jornal, e reproduzida aqui no UNIBUS RN, dá a dimensão de quanto essas pessoas precisam ser ouvidas e ter algum tipo de ajuda. Mesmo caindo aos pedaços e interditado para melhorias na sua estrutura, o Viaduto do Baldo é moradia para uma família que sofre de inúmeras dificuldades – a mais grave seja a da saúde, já que uma das pessoas possui um câncer e ainda assim mora embaixo do viaduto, em um local que lhe prejudica totalmente no tratamento de uma doença tão terrível.
E aí, após essa matéria, nossa equipe refletiu sobre a situação dessa família mostrada no Novo Jornal e pensou o quanto é difícil sobreviver nas ruas ou a base da esmola.
Se você parar pra pensar o quanto é difícil, observe nos ônibus, nas paradas e em alguns pontos de grande movimento o tanto de gente que precisa de ajuda. Gente que tem filhos pra criar, que tá doente, que precisa de comida, ou até mesmo para seu sustento, sem dar justificativa do motivo do apelo aos passageiros ou transeuntes. É muita gente precisando de ajuda!
Além da pena que vem a tona ao ver essas situações, é de cortar o coração ver cenas como pessoas dormindo em uma parada de ônibus, apelando até mesmo para poder pagar a passagem do veículo… Enfim, são várias situações.
Mas, a mais chocante que se pode pensar não envolve diretamente os pedintes. Coloque-se no lugar de um turista que vem para Natal de ônibus e, ao sair da rodoviária, dá de cara com várias pessoas que lhe pedem esmola ou estão consumindo drogas. Pior, tem uma família inteira abrigada no canteiro central da Avenida Mor Gouveia (em frente à Rodoviária), tentando sobreviver em meio ao vai-e-vem de carros e pessoas. O que você pensaria em ver cenas como essas descritas?
Por esses e outros motivos é que deve ser necessário um esforço governamental para ajudar essa gente necessitada!
Felizmente, existem os programas sociais do Governo Federal que ajudam, pouco, é verdade, para a diminuição desse quadro. Mas, só as atitudes de quem está em Brasília não são suficientes para reverter essas situações.
É preciso um esforço local. Esforço da Prefeitura e do Governo do Estado. O negócio é tirar essas pessoas das ruas, dando um local digno para viverem, com trabalho, qualificação profissional, assistência médica de qualidade, dentre outros vários fatores que devem ser oferecidos às pessoas que estão nessa situação.
Não queremos defender o fim dos moradores de rua. Esse editorial defende que todos devem ter uma oportunidade de ter uma vida melhor – e aqueles que passam por necessidades hoje precisam mais ainda dessas oportunidades. É só quem tem o poder se conscientizar e ajudar.