Editorial UNIBUS RN: Um paliativo para o Nova Natal

O anúncio do retorno – ou parte dele – das linhas do Conjunto Nova Natal que deixaram de ser operadas pela empresa Riograndense no ano passado, é recebido com satisfação e crença pelos usuários, prejudicados pela falta de ônibus nos últimos meses. Desde que a empresa encerrou suas operações nas linhas urbanas, pouco foi feito para suprir a falta de transporte. A criação da linha 700 foi uma das mais viáveis soluções, porém, impedida de circular por sindicalistas que buscam que os funcionários da Riograndense sejam absolvidos pela(s) nova(s) empresa(s) que venha(m) operar nas linhas.

O ideal de modificar e unir duas linhas já existentes – prática comum ao longo das outras duas administrações do prefeito Carlos Eduardo, quando foram fixadas as linhas 05/67 (atualmente desunificadas) 09/78, 11/17, 12/14, 15/16, 23/69 e 61/62 – apresenta agora um novo modelo: As linhas 10 e 29 têm até mesmo destinos diferentes – uma para o Centro, outra para a zona sul. No caso da linha 29, seu terminal nem mesmo é no Conjunto Nova Natal, e sim no Soledade II. Como argumento, a Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (SEMOB), afirma que a nova linha deverá passar por dentro do terminal de Integração – que de integração não tem nada, é apenas o terminal melhor estruturado da cidade.

É fato que nenhuma das atitudes emergenciais suprirá a operação suspendida pela Riograndense. Muito se comentou pelos usuários: ruim com ela, pior sem ela. Seja linha 700, seja o aumento que houve nas linhas 10 e 64, a nova linha 10-29 – que não foi bem vista por alguns especialistas em ônibus da capital, pelo fato de ‘destruir’ duas outras linhas – ainda deixa muito a desejar. Mesmo que a demanda das outras linhas operada pela Riograndense (28 e 45) não fosse tão expressiva, os usuários necessitam delas, mas a atenção é mesmo voltada para o trecho Nova Natal/Zona Sul. Até mesmo o quadro de horários estendido ao início da madrugada na antiga linha 03 será sentido pelos usuários.

Como ‘prova de fogo’, há ainda o fato dos sindicalistas que já pararam a operação da linha 700 por duas vezes. Mais lógico do que nunca, a operação da nova linha deverá ficar com as empresas Guanabara e Reunidas – as mesmas que operaram a 700, há meses. Será que a nova linha terá credibilidade para circular? De qualquer maneira, de paliativo em paliativo, nosso sistema vai sobrevivendo e, quem sabe, até busca fugir da eutanásia. Aguardamos a injeção de licitação para salvá-lo e podermos ter, de fato, um sistema eficaz novamente. A conferir!

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