Dois meses. Este é o prazo mínimo previsto para o início das obras de reestruturação da avenida Engenheiro Roberto Freire. Segundo a secretária estadual de infraestrutura, Kátia Pinto, uma série de etapas ainda precisa ser cumprida, sendo a aprovação do orçamento técnico pela Caixa Econômica Federal a principal delas. É a partir desse trâmite que o edital, que antecede a abertura do processo licitatório da obra, pode ser publicado.
“Nesta sexta estamos encaminhando uma complementação de preços para que a Caixa possa concluir a análise do orçamento”, destacou Kátia Pinto. Paralelamente a isso, é aguardada para a próxima terça-feira, a publicação da migração do projeto da matriz orçamentária do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa para o PAC da Mobilidade. Essa demora para o início das obras depende de uma série de fatores, explica Kátia Pinto.
A cessão da licença ambiental prévia, concedida pela Prefeitura de Natal, por exemplo, aconteceu somente no final de dezembro passado. Apesar das intervenções físicas na rodovia estadual não terem iniciado, Kátia Pinto afirma que o trabalho que envolve a parte administrativa e burocrática da obra vem sendo tocado a todo vapor.
A primeira etapa de intervenções percebidas e que afetarão o dia a dia da população potiguar será a reestruturação das vias municipais que auxiliarão no posterior desvio do tráfego de veículos da avenida Engenheiro Roberto Freire. “Vamos sinalizar, recapear e instalar semáforos em vários trechos”, detalha Kátia Pinto. Só assim trechos da avenida poderão ser interditados.
Conforme previa a matriz de responsabilidade de 13 de janeiro de 2010, as obras de mobilidade urbana tinham previsão para começar ainda em 2010 e a maior parte terminaria até dezembro deste ano, com algumas sendo concluídas no primeiro semestre de 2013. A mudança da matriz orçamentária para a obra da nova Roberto Freire impediu a conclusão do estudo de impacto ambiental dentro do prazo previsto. A expectativa inicial era que o resultado do levantamento iniciado em setembro de 2012, fosse concluído em 60 dias.
Estudo: De acordo com o coordenador do estudo, Aldo Aloisio Dantas da Silva, o levantamento da equipe responsável pela execução do estudo de impacto ambiental, formada por 60 pessoas – entre professores e técnicos da Universidade Potiguar -, foi praticamente paralisado desde a mudança do estatuto orçamentário da reestruturação da Roberto Freire. “É que parte do nosso trabalho depende dos prazos (de início e conclusão das obras) que serão estabelecidos”, disse.
O professor da UFRN explicou que os períodos de início e conclusão da obra, assim como o período em que determinada etapa da construção vai acontecer influencia diretamente no resultado do estudo. “Se a interdição de determinado trecho da Roberto Freire ocorrer em período de férias escolares, teremos um resultado para o impacto no trânsito daquela área e da cidade. Mas se isso ocorrer durante as aulas, é outro”, explica o especialista.
Segundo Aldo Aloisio, o que não depende dessas informações foi adiantado, como o detalhamento da área que será utilizada dentro Parque das Dunas e outros pontos. “Esses itens estão praticamente concluídos”, disse o professor do Departamento de Geografia. Mesmo assim ele afirmou que não tinha como mensurar a evolução do trabalho, e não poderia adiantar quaisquer informações acerca das conclusões antes de repassar o estudo completo ao Governo do Estado.
Fonte: Tribuna do Norte