Na semana em que a secretária de mobilidade urbana de Natal, Elequicina dos Santos, admitiu que as obras de mobilidade planejadas não ficarão prontas até a copa do mundo em 2014 – que tem Natal como uma das 12 sedes – ressurgem as dúvidas se tudo o que foi planejado sairá mesmo do papel. Os imensos investimentos, que pretendem dar uma nova cara a cidade, modernizando-a ao mesmo tempo em que amenizará boa parte dos problemas de trânsitos existentes atualmente, fatalmente são vistos com descrença pela população, devido os tantos atrasos no início das obras – que, de fato, ainda não começaram.
As atribuições políticas são imensas neste caso. Micarla de Souza (PV), prefeita destituída de Natal ano passado, fez uma péssima administração à frente da capital – a ponto, inclusive, de perder o cargo, devido aos indícios de corrupção na gestão. Nos últimos quatro anos, Natal não parou no tempo; regredimos, na realidade. Nas questões referentes à mobilidade urbana, parece que absolutamente nada foi feito. Só muitos e grandes buracos tomaram conta de praticamente todas as ruas da capital, e diferentemente das outras cidades sedes da copa, como já colocado, Natal não iniciou qualquer obra prevista. Um atraso significativo e um problema ainda maior para a nova gestão, que corre contra o tempo e tenta salvar o que pode, readequando os projetos.
Sem desmerecer outras áreas da administração pública – como educação, saúde e limpeza pública – mas a situação das obras prometidas para a copa do mundo e o transporte público é de imensa complexidade. No transporte, desde questões mais básicas, como as recentes mudanças que algumas linhas da capital passaram e só trouxeram dificuldades aos usuários, até a tão falada licitação de transportes. No tema licitação, as relações com a região metropolitana também ainda se mostram como uma dúvida – apesar de ainda ser cedo para falar na possível união com os municípios vizinhos, nada neste sentido ainda foi comentado. A cobrança é ainda maior pelo fato das promessas de campanha do prefeito Carlos Eduardo (PDT) ter sido em estruturar todas as políticas públicas, sobretudo do transporte, com os municípios vizinhos.
De qualquer maneira, nos resta aguardar e conferir se as mudanças – essenciais e de grandes estruturas – sairão de fato do papel. O tempo é pouco e as ações, infelizmente, são muitas. A conferir!