O final de 2012 reservou muitas mudanças em linhas de ônibus importantes em Natal. Algumas para melhor, outras para pior, o fato é que elas mudaram, pelo menos provisoriamente (de acordo com a SEMOB), a rotina de dezenas de milhares de passageiros por toda a cidade.
Porém, um ponto específico de Natal parece sofrer mais com essas mudanças e padece de sofrimento maior nos próximos meses: O Campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Servido pelas linhas 29, 30, 31, 63 e a linha gratuita 588 (Circular) integralmente, além de outras poucas linhas da Zona Norte e uma da Zona Oeste que circulam em horários específicos pelo Campus, os universitários e funcionários da UFRN – além de moradores do entorno da universidade – estão desde o mês de dezembro sofrendo com a retirada de duas linhas de suma importância para seus deslocamentos: 48 e 66, que ligam o Campus aos bairros de Nova Descoberta, Alecrim e Ponta Negra, respectivamente.
Infelizmente, as mudanças dessas linhas, somadas à falência da Riograndense – que operava as linhas 03 e 45, que passavam pelo Campus –, estão fazendo com que quem depende delas para se locomover, diretamente ou não para o Campus, tenha inúmeros transtornos. O sofrimento é pior ainda nessa época do ano, já que estamos em período de férias e as empresas reduzem a frota de todas as linhas. Imagine você, caro leitor, como deve ser sofrível se locomover para aquela região com tamanha escassez de opções…
Mas, o caos ainda não chegou. Com a divulgação ontem do resultado do Vestibular da UFRN, cerca de 2 mil estudantes novos, além dos que vão ingressar pelo ENEM, também usarão, provavelmente, as linhas de ônibus que circulam pela Universidade. Seguramente, cenas de superlotação e demora dos veículos serão rotina pelo Campus durante praticamente o dia todo, todos os dias. – principalmente quando se fala do Circular, que já não suporta a demanda existente hoje na instituição.
É preciso mais ações enérgicas da UFRN e da SEMOB para que esses absurdos não aconteçam mais. Para se estudar e trabalhar melhor, certamente um transporte de qualidade já ajuda. E isso também deve ser aplicado para quem vai, a partir de fevereiro, frequentar a maior universidade do RN.