Na ocasião, foram tratadas questões de infraestrutura, como a insuficiência da atual frota de ônibus circulares para o atendimento da crescente comunidade universitária; a alteração dos itinerários de linhas de ônibus urbanos, que ao deixarem de transitar pelo Campus dificultam o acesso de alunos e funcionários à instituição; a inexistência de ônibus circulares adaptados para pessoas portadoras de necessidades especiais; e ainda a necessidade de reestruturação do anel viário do campus, onde podem ser implantadas ciclovias.
Infraestrutura: A reitora Ângela Paiva Cruz iniciou o encontro elencando questões relativas ao anel viário do Campus Universitário. Segundo a gestora, a via que rodeia a área da UFRN e dá acesso aos bairros de Potilândia, Nova Descoberta e Mirassol há muito deixou de ser preocupação exclusiva da Universidade, pois “funciona como válvula de escape para o trânsito de Natal, sobretudo nos horários de ida e volta para o trabalho”.
Para o engenheiro Gustavo Coêlho, Superintendente de Infraestrutura, o anel viário necessita hoje de uma reestruturação. Além do cuidado com a pavimentação da pista, Gustavo aponta como necessidades a instalação de rotatórias nos acessos para os bairros de Nova Descoberta e Mirassol, a realização de um estudo que verifique a possibilidade de circulação de transportes alternativos no Campus, e a criação de ciclovias que garantam a segurança dos estudantes que utilizam a bicicleta como principal meio de transporte.
Sobre esse último assunto, o superintendente também acrescenta que “não adiantaria o campus ter ciclovias, mas o restante da cidade não as ter, ou não seria possível os estudantes virem até a UFRN em suas bicicletas”.
Para a implementação da reestruturação do anel viário, Carlos Eduardo disse que irá estabelecer o contato entre a SIN e a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SEMOB), e que também considera relevante a matéria trazida à tona pelo Superintendente de Infraestrutura sobre a necessidade da construção de ciclovias em toda a capital.
A Coordenadora Geral do DCE, Danyelle Guedes, acrescentou na lista de questões as dificuldades que foram geradas pela desativação da linha 45, provocada pela falência da empresa que detinha a concessão do serviço, e ainda pela provável mudança no itinerário das linhas 29 e 48, que deixariam de passar pelo Campus Universitário conforme proposta da SEMOB. Segundo Danyelle, se a alteração no trajeto das linhas for implementada, alguns estudantes terão que se deslocar a pé até o bairro de Nova Descoberta para pegarem seus ônibus.
Carlos Eduardo disse que a resolução para esses entraves passa pela licitação dos transportes, e que também colocará as questões para a pasta de Mobilidade Urbana. “Por isso é importante estabelecer o diálogo com as instituições”, avaliou.
Prefeito eleito assume agenda: O prefeito recém-eleito de Natal, Carlos Eduardo Alves, durante reunião com a reitora e demais membros gestores da UFRN, demonstrou interesse de dar continuidade ao diálogo com a instituição, e se propôs a levar as dificuldades apontadas na ocasião a seu secretariado. Também se declarou disponível a possíveis encontros futuros, para definir resoluções para os pontos tratados na reunião.
Carlos Eduardo disse que, de posse dessas questões, está disposto a voltar com seu secretariado em outras ocasiões para dar continuidade às discussões. Destacou que os problemas relativos à infraestrutura e à saúde já podem ser tratados com os secretários indicados, mas que o problema referente à tributação precisará aguardar a definição do novo secretário. Reforçou ainda o desejo de abrir parcerias com a UFRN para consultorias junto à administração do município.
A reitora Ângela Paiva Cruz mostrou-se satisfeita com os encaminhamentos da reunião. “Há problemas no Campus que dependem da gestão municipal, e o prefeito eleito demonstrou receber bem nossas propostas. Iremos continuar com essa agenda e deveremos ter novas ocasiões para discussão. Sabemos que a Universidade não se faz apenas nas salas e nos laboratórios, pois estamos inseridos no contexto da cidade”, considerou.
Fonte e informações: AGECOM UFRN