Carlos Eduardo cancelará licitação do transporte público de Natal

O prefeito eleito de Natal, Carlos Eduardo, anunciou que irá cancelar, assim que assumir a chefia do Executivo Municipal, o processo licitatório para o transporte público da capital do Rio Grande do Norte. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (17) durante reunião na sede da Procuradoria Geral de Justiça. Participaram também o procurador-geral de Justiça Manoel Onofre de Souza Neto, 11 promotores titulares, além de representantes da equipe de transição do prefeito eleito e o vereador George Câmara.

O cancelamento do processo licitatório, que atualmente encontra-se suspenso por força da Justiça, foi sugerido pelo promotor de Defesa do Patrimônio Público Afonso de Ligório Bezerra Júnior. Durante as investigações que levaram o Ministério Público a deflagrar a Operação Assepsia, que culminou com o afastamento judicial da jornalista Micarla de Sousa da Prefeitura de Natal, os promotores identificaram uma suposta negociação entre o ex-secretário municipal de Planejamento, Antônio Luna, com executivos da Oficina Engenheiros Consultores Ltda. Por aproximadamente R$ 1 milhão, a empresa saiu vitoriosa do processo licitatório.

“Determinarei à doutora Elequicina dos Santos que proceda com a suspensão do processo licitatório. Prepararemos um novo edital. É dever da Prefeitura fazer o transporte coletivo funcionar”, alegou o prefeito eleito. Além disso, Carlos Eduardo disse, diante do procurador-geral e dos promotores de Justiça, que irá reformar (administrativamente) a Companhia de Serviços Urbanos (Urbana). “Vou ao Tribunal de Justiça e ao Tribunal de Contas do Estado solicitar uma auditoria na administração municipal”, confirmou o prefeito eleito.

Conforme anunciou, além da Urbana, deverão ser auditadas a folha de pagamento dos servidores municipais e contratados pela Prefeitura de Natal e, ainda, o Instituto de Previdência dos Servidores do Município do Natal (Natalprev). “É indispensável para saber a profundidade do holocausto que se abateu sobre Natal”, disse Carlos Eduardo ao justificar a necessidade da auditoria nas contas e órgãos municipais.

Com informações: G1 RN

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