Contratado oficialmente desde o fim da semana passada para realizar, pela segunda vez em sua carreira profissional, um estudo no viaduto e, consequentemente, produzir um laudo sobre a situação da estrutura, assim como fez em 2009, Pereira aguarda apenas uma cópia do contrato para iniciar efetivamente os trabalhos.
A confirmação da contratação – datada de 26 de outubro -, feita sem licitação através da justificativa da experiência prévia de José Pereira, foi publicada na edição de 2 de novembro do Diário Oficial do Município (DOM), com o aval da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), através da secretária titular Teresa Cristina Vieira Pires.
Segundo ele, a situação contratual ainda não foi plenamente resolvida por falta de tempo. “O corre-corre diário não deixou que eu fosse até a Semopi pegar a papelada que está faltando”, contou.
Antes mesmo de ser oficializada a contratação da consultoria, que custará R$ 40 mil aos cofres da Prefeitura do Natal, José Pereira já vinha reunindo informações necessárias para que a inspeção seja feita da forma mais minuciosa possível. A ideia, de acordo com o engenheiro, seria resgatar toda a história documental do Viaduto do Baldo, desde o projeto. Apenas com os originais seria possível que a inspeção fosse feita nos moldes exigidos. “O projeto original tem as indicações das ‘janelas’ que devem ser abertas para a realização dos testes”, explica o engenheiro.
José Pereira não quis estipular data de quando os serviços deverão ser concluídos. “Só posso dizer alguma coisa em relação ao cronograma quando começar a trabalhar. Não tem como adiantar nada. É muita coisa para ver, tem muito detalhe na obra”, afirma. Previsões anteriores, externadas pela secretária de Obras Públicas, Teresa Cristina Vieira, e pelo próprio engenheiro, ainda durante o início da interdição, em outubro, apontavam para um período de 40 a 60 dias para a realização do trabalho. Assim, a conclusão da perícia ficaria entre o fim de dezembro e o início de janeiro do próximo ano.
A interdição, decretada pela Justiça após pedido da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, deve durar, inicialmente, 60 dias, mas dois terço desse prazo já se passou. O pedido de fechamento da estrutura do Ministério Público baseou-se no laudo produzido pelo mesmo engenheiro contratado agora. O documento, entregue à administração municipal, não pedia uma interdição, mas reparos na estrutura, que não foram realizados.
Ele ainda reforçou que as informações sobre o relatório final deverão ser distribuídas pela Prefeitura do Natal, que será, de fato e direito, proprietária do documento. “Não posso passar qualquer relatório parcial, nem algo do tipo. Isso será responsabilidade da prefeitura”, confirmou o calculista.
Com informações: Novo Jornal