A relação das empresas Santa Maria e Guanabara vai muito bem, obrigado! Já há uns meses eu havia notado que os ônibus da Guanabara que operam o CIRCULAR da UFRN, após encerrarem suas operações na linha e partirem para a garagem, iam em direção à zona sul da cidade. Imaginei que das duas uma: Ou os motoristas estavam com receio de cruzar a Ponte de Igapó e estavam indo para a zona norte – onde fica localizada a garagem da Guanabara – por Macaíba (o que representariam um imenso gasto de tempo e também de diesel); ou os ônibus estavam sendo acolhidos e passando a noite na garagem de alguma outra empresa, na zona sul da cidade.
Dito e feito! Investiguei, questionei algumas pessoas ligadas à empresa e, de fato, os ônibus estão ‘passando a noite fora de casa’. Pela distância entre o Campus e a garagem da Guanabara – localizada já na saída de Natal, área conurbada entre Natal e São Gonçalo do Amarante – é mais viável se guardar os veículos em alguma empresa próxima do Campus – única linha operada pela empresa na região sul. Economia, principalmente, de diesel. E a empresa acolhedora é, justamente, a Santa Maria – que tem sua garagem na zona sul de Natal, extremamente próxima ao Campus da UFRN. Acredito que nada muda. Não conheço a fundo as ações diárias dos ônibus da Santa Maria, mas se seguirem os critérios da Guanabara, os veículos, apesar de pertencerem à outra empresa, são vistoriados diariamente, assim que chegam à garagem. Acredito também que a manutenção preventiva deva ser feita pela Guanabara. Ajustes de potenciais problemas diários devem ficar a cargo da Santa Maria. Confesso: Não sei. Apenas crenças.
E a situação de ‘parceria’, apesar de surpreendente pela relação Guanabara – Santa Maria, não é exclusividade delas. Esse é o mesmo caso da Cidade das Dunas com a Parnamirim Field. Os ônibus da empresa Dunas são guardados na garagem da Field pela proximidade com sua área de atuação: Nova Parnamirim (a garagem é localizada em Emaús – Parnamirim, praticamente vizinho de Nova Parnamirim e bastante perto, se comparado à garagem-sede da Dunas, no bairro Bom Pastor, em Natal). No caso da Cidade das Dunas, a parceria é muito mais bem estruturada, uma vez que a empresa tem até seu escritório na garagem da Field – o que não tem razões para ser feito na relação Guanabara – Santa Maria, já que a garagem serve apenas de abrigo para os veículos e a linha dos veículos que são guardados na Santa Maria não recebe lucro algum.
Mas ficam perguntas: Essa relação e união já seria uma aproximação e possibilidade de consórcio para a licitação? Se avaliarmos, vemos que empresas em muito se assemelham: Ambas pertencem a grandes grupos de fora; têm preferências por manter as frotas com o mesmo modelo de ônibus e mesmo chassis (Marcopolo/Mercedes-Benz); e até atuam numa mesma área dentro de Natal, com linhas que têm o mesmo destino, modificando apenas terminais e rotas (região oeste, com as linhas 19/20/34 e 39). Pois bem. A conferir!
Fortes laços
A Empresa Barros teve a administração de suas operações repassadas para a empresa Trampolim da Vitória – do grupo Itamaracá e Cidade Alta, de Recife. Mas o fretamento para fábricas e aluguel de ônibus para excursões e turismo continua sendo administrado pela Barros – cujos proprietários são responsáveis também por uma academia e uma rede de motéis, em Natal. Pois bem. Independente das administrações opostas, os laços prevalecem. Neste caso, laços ‘inovadores’, que motivaram a Barros do fretamento colocar em seus veículos o nome ‘Frente e Tur’ – informando sobre quais serviços aquela empresa separadamente oferece – e um caso ainda mais diferente e interessante: a empresa não utilizava, até então, a numeração de seus ônibus nas laterais dos veículos. Passou a usar após a mudança administrativa e está numerando toda a frota do fretamento; a curiosidade é que a fonte escolhida para a numeração nos veículos é a mesma utilizava nos ônibus da Trampolim da Vitória e consequentemente nos ônibus da Barros que operam as linhas. Os laços empresariais, de alguma maneira, continuam unidos!