A questão vai além do que já coloquei: pinturas e numeração das empresas (natalenses-pernambucanas) fazem existir uma verdadeira salada mista. Dentro desse contexto, a situação da Guanabara é a mais complexa: a empresa ainda não conseguiu finalizar a renumeração de toda sua frota com o critério pernambucano. Pra piorar, a empresa continua a reformar sua frota antiga, repintando os veículos com a ‘nova pintura’, padrão da Empresa Metropolitana – acionista da Guanabara, de Recife. O contexto e problema são o mesmo da Via Sul – natalense de sangue, pelo menos até então! – pois, com a licitação que ocorrerá mais dia menos dia, é dada como certa a padronização de pintura das empresas. Então, repintar a frota antiga para daqui a algumas semanas, talvez meses, repintar novamente, é prejuízo! Felizmente a Conceição não enveredou (ainda) por repintar sua frota antiga. Que continue assim! Aliás, talvez tenha sido esperteza da administração Itamaracá, pois nem os ônibus da Conceição vindos de Recife foram de fato pintados, apenas adesivados com a nova logomarca. Bom para a empresa que terá ainda menos gastos na hora de colocar a possível nova pintura padrão do sistema, pós-licitação.
Numeração ‘antiga’ também permanece nas empresas inicialmente destacadas. No início dos anos 2000, nosso sistema ajustou-se com a numeração dividida por empresa. Isto é: cada empresa ganhou um número. Seus ônibus teriam que usar esse número exclusivo da empresa mais o número do veículo. Era o caso da Guanabara (carro 1001 – número 1 inicial, da empresa; e 001 número do ônibus), Santa Maria (2050 – 2 inicial, 050 do ônibus) e assim sucessivamente. Quem ficou de fora foi, justamente, a Cidade das Dunas (que posteriormente passou a operar em Natal como Cidade do Natal), que preferiu manter o critério antigo de numeração, com o ano do veículo mais seu número de ordem (2003001, por exemplo). Isso, porém, era de certa maneira uma tradição, e o que também a diferenciava das demais. Atualmente, Guanabara e Conceição já implantaram um modelo novo e distinto – para o nosso sistema – de numerar seus veículos. Santa Maria, Reunidas, Via Sul, Riograndense – enquanto em vida, e Cidade do Natal – dentro de seu contexto, representam a fidelidade ao sistema antigo. Sistema que deixa saudades, sim! Que, verdade seja dita, demonstra mais organização.
E ficam perguntas no ar – não para pintura, que, como já falei, espera-se que passe a ser padronizada. Mas sim para a numeração: com a licitação, o que irá prevalecer? O tradicionalismo que ainda está em vigor pelas fiéis; ou a maneira inovadora trazida pelos pernambucanos? Seria de livre escolha das empresas ou ainda: Um novo critério de numeração? Acho válido considerar essa hipótese; e considerarmos, mais ainda, como todas as empresas – grupo das tradicionais e grupo das inovadoras – irão se comportar e adequar suas frotas a esse novo possível critério. A conferir!
Será que resolve?
Vi essa imagem no Facebook de Alex Azevedo, colaborador do Unibus RN e editor do portal Natal Buss. Trata-se de uma montagem de uma série que é feita nas redes sociais com “Seu Lunga”, um velho nordestino daqueles que não leva desaforo pra casa. Alguém sempre o pergunta algo relacionado ao cotidiano, e ele responde de maneira um tanto quanto agressiva. Dessa vez, o questionaram sobre o sempre incômodo som alto nos ônibus por parte de alguns passageiros chatos, que não respeitam os demais; ele não teve dúvida na resposta.
Não duvido que quem esteja num ônibus lotado, querendo voltar pra casa depois de um dia de trabalho, naquele engarrafamento diário e ainda tem que aguentar o incômodo de quem não usa fone de ouvido para ouvir suas músicas, tenha o desejo de ter uma espingarda dessas de seu Lunga.
Oi oi oi
Sucesso que mobilizou o Brasil nos últimos meses e parou o país na última sexta-feira, a novela “Avenida Brasil” também teve sua ligação com o transporte através de sua música tema. O brasileiro, aliás, não perde a oportunidade! A imagem, que também tá circulando nas redes sociais, relata: “Mãos pras cima; cintura solta; dá meia volta; transporte público”, em meio a foto de um ônibus lotado. Sei não… Acho que a Carminha diria que foi culpa da Rita!