Na década de 1980, poucas eram as pessoas portadoras de deficiências física, mental, auditiva ou visual que tinham acesso aos cursos de nível superior. Na década de 1990, essa realidade começou a mudar, porém a adoção de medidas para atender às necessidades especiais destes universitários andam caminhando a passos curtos. Prova disso são as dificuldades encontradas pelos deficientes físicos para terem acesso aos ônibus que dão acesso às universidades, ou a falta de uma estrutura adequada que permita a movimentação destes dentro do próprio campus.
A legislação prevê que as instituições públicas, como universidades, devem oferecer acesso a pessoas com deficiências das mais diversas. Regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelecem, por exemplo, qual deve ser o grau de inclinação de uma rampa e o número necessário de corrimões, mas o que se percebe é que nem sempre isso é cumprido.
A chefe do Departamento de Apoio à Inclusão (Dain), Socorro Rocha, disse que aos poucos a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) vem se adaptando às regras de acessibilidade, tanto do deficiente físico quanto do auditivo, mental e visual.
“Em relação aos portadores de deficiência física, as rampas e passarelas foram construídas ano passado, estas compreendem uma área de 268,44 metros quadrados. Demos prioridade aos lugares mais extensos e movimentados do campus, porém deve-se reconhecer que muito ainda deve ser feito em relação à acessibilidade na dimensão arquitetônica, de comunicação e transporte.
Alunos relataram que um dos ônibus que dão acesso à Universidade é adaptado para cadeirantes, porém sabe-se que este número de veículos ainda é pequeno para a demanda crescente”, explicou Socorro.
Na Uern, nos campi, núcleos avançados e no Programa de Formação, existem atualmente 25 universitários que utilizam cadeira de rodas. Os alunos surdos e cegos também se fazem presentes na instituição, ao todo são três e quatro, respectivamente.
Com informações: O Mossoroense