A sete dias da eleição, O Diário de Natal lista alguns dos grandes problemas aos postulantes que disputam o cargo de prefeito de Natal. Questões estruturais cujas soluções terão quer ser encontradas pelo próximo gestor. São principalmente deveres que a população e todos os segmentos da sociedade cobram ações do chefe do executivo municipal de forma urgente. E sobretudo pontos que afetam diretamente o cotidiano e o direito inalienável de todos os cidadãos natalenses: saúde, educação, transporte, mobilidade urbana, equipamentos públicos, limpeza pública, equilíbrio das finanças públicas. Abaixo estão as propostas para cada tema, apresentados pelos candidatos Roberto Lopes (PCB), Rogério Marinho (PSDB), Hermano Morais (PMDB), Fernando Mineiro (PT), Carlos Eduardo Alves (PDT) e Robério Paulino (PSOL). Que as respostas dadas por cada candidato possam servir como objeto de reflexão para os eleitores que irão às urnas no dia 7 de outubro escolher o próximo governante da capital do Rio Grande do Norte.Abaixo, confira as propostas dos candidatos para o transporte:
Roberto Lopes: Redução da tarifa para R$ 1,80 e a implantação do cartão único para transporte alternativo e convencional e abertura imediata da licitação publica; Integração da região metropolitana com tarifa unificada com prioridade ao desenvolvimento do sistema de transporte coletivo e de massa e integrado como BRT e VLTs; Implantação do programa catraca livre que, dará além dos idosos e deficientes, o direito aos estudantes e desempregados a passagem gratuita nos ônibus urbanos. Garantia de transporte noturno em horários regulares.
Rogério Marinho: Retorno do controle do sistema público de transporte, que a Prefeitura abriu mão há quase seis anos e hoje encontra-se totalmente entregue nas mãos do Seturn. Concessão das carteiras de estudante, das gratuidades do idoso ou dos deficientes, são todas controladas pelo Seturn. Portanto, na hora de se discutir o valor da tarifa, são as empresas que fornecem as informações. A Prefeitura precisa ter esse controle para poder negociar o melhor para a população.Nós vamos rever esta situação. Além disso, em nossa gestão o transporte coletivo terá prioridade. Recuperação da malha viária das vias utilizadas pelos ônibus e criar corredores exclusivos para o transporte público nas principais vias de Natal.
Hermano Morais: O decreto que regulamenta a concessão dos serviços de transporte coletivo de Natal é de 1983. Desde então, não foram abertas novas licitações para novos permissionários. Ampliação da licitação das linhas de transporte coletivo, estabelecendo maiores garantias da qualidade do serviço prestado ao povo, além da diversidade de opções de linhas e de um sistema de integração que permita ao cidadão ganhar em agilidade e segurança nos seus deslocamentos diários. Para atender a uma demanda crescente, a Prefeitura vai criar alternativas de transporte que saiam do convencional. O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o trem urbano e as ciclovias serão investimentos imediatos na nossa administração.
Fernando Mineiro: O sistema de trânsito e transporte de Natal é umindicador do nosso processo de urbanização e, ao mesmo tempo, motivo constante de reclamação de passageiros e motoristas. Apesar de ainda ser considerada uma metrópole em formação, em matéria de trânsito nossa capital enfrenta problemas semelhantes com o que ocorre nas grandes cidades. Não é possível enfrentar esse problema com soluções improvisadas. Entre as ações previstas em nosso plano de governo estão a reorganização e a licitação das linhas de transporte coletivo, a construção de novos corredores exclusivos para ônibus, a recuperação das vias públicas e a reestruturação da Semob para que tenhamos reais condições de funcionamento e uma gestão eficiente do trânsito.
Carlos Eduardo: Implantação do BRT (em português, o Trânsito Rápido de Ônibus) são corredores segregados para ônibus, com estações de transferência que permitam a compra antecipada do bilhete e uso de ônibus articulados capazes de transportar mais passageiros em uma viagem e com maior rapidez, ao mesmo tempo em que permite a integração do sistema. Com isso o passageiro poderá pegar mais de um ônibus pagando apenas uma passagem, utilizando as estações de transferência, mais modernas, amplas e arejadas. A política do transporte público deve ser pensada em termos de região metropolitana, buscando a integração com o Veículo Leve sobre Trilhos.
Robério Paulino: Queremos a criação imediata de uma Empresa Municipal de Transportes, com ônibus novos, para quebrar o monopólio das empresas privadas e disputar com elas as licitações, obrigando estas empresas a ampliarem e modernizarem suas frotas. Propomos realizar uma experiência com ônibus a hidrogênio, não poluentes, introduzindo o componente ambiental no sistema. Congelamento das tarifas até a abertura das planilhas de custos das empresas para discussão pública. Volta das estações de transbordo desativadas por Micarla, de forma a permitir a integração por pelo menos 4 horas. Exigência de que a promessa do VLT seja cumprida, com prioridade à execução desse projeto, buscando integrar os dois modais, rodoviário e ferroviário, que pode dar muita agilidade ao sistema.
Com informações: Diário de Natal
