Fundada em 2009 pelo empresário Eduardo Laranjeiras, a Parnamirim Field é, atualmente, a mais nova e também menor empresa da região metropolitana de Natal. Tamanho, porém, não é documento! A empresa, que só opera duas linhas, tem a frota extremamente nova, bem conservada e oferta um excelente serviço aos usuários. A trajetória da Parnamirim Field está no Especial UNIBUS RN de hoje.
Quando a empresa Trampolim da Vitória vendeu parte de suas ações a grupos pernambucanos, ao final de 2009, Eduardo Laranjeiras, um de seus sócios, preferiu seguir com sua empresa – uma nova empresa. Assim, suas ações foram revertidas na criação da Parnamirim Field. Pela proximidade das regiões onde iria operar, as linhas D (Parque Industrial) e E (Emaús) foram remanejadas para a Field, junto à parte de veículos e operadores – tudo originado da Trampolim da Vitória.
Para a estruturação da empresa, foi feita uma parceria com a empresa Cidade das Dunas, que passou a ter sua gerência operacional e garagem dos veículos que operam na região sul na garagem da Field, em Parnamirim. O nome ‘Parnamirim Field’ originou-se da área de operação da empresa, utilizada pelos americanos como base área na segunda guerra mundial, chamada de Parnamirim Field (Campo de Parnamirim).
Como Natal desde a década de 20 era passagem obrigatória das aeronaves de diversas partes do mundo – França, Alemanha, Itália, entre outros, inclusive, Japão e Austrália – devido a sua proximidade com o continente africano, se tornou necessário o incremente logístico para atender o revolucionário meio de transporte, o que originou o campo de pouso de Parnamirim, em 1927. (Fonte: Fundação Rampa).
O processo de transição da pintura da Trampolim da Vitória para a Parnamirim Field aconteceu aos poucos. Devido a enorme burocracia junto ao órgão gestor, foi necessário esperar mais de um ano para que os ônibus da Field pudessem ir às ruas com o nome da empresa. Até então, utilizavam a pintura da Trampolim da Vitória, e posteriormente foram reformados, demonstrando como seria sua pintura definitiva; Ainda em 2010, os veículos passaram a circulavam com o nome ‘TRAMPOLIM’.
Como já colocado, a frota da Field era totalmente proveniente da Trampolim. A maioria dos veículos era do modelo Mega, da montadora Neobus, com chassi OF 1418. Além deles, três Apache VIP I, da CAIO, com chassi Mercedes-Benz OF 1722, também foram remanejados para a Field.
Em janeiro de 2011 a empresa fez sua primeira renovação. Optou pela Neobus, montadora que já predominava em sua frota. Os dois ônibus do modelo Spectrum City, com chassi Mercedes-Benz OF 1418, vieram de fábrica apenas com o nome Trampolim – o que fez os motoristas da empresa transportadora (da fábrica da Neobus até Parnamirim) entregar os veículos na garagem da Trampolim da Vitória.
Os novos ônibus eram também os primeiros com elevador para deficientes físicos da empresa. São, até hoje, os únicos ônibus comprados zero quilômetro com o elevador na porta traseira – todas as demais empresas da região metropolitana optaram pelo elevador na porta do meio de seus ônibus em renovações com veículos novos.
Ao longo de 2011 a empresa também recebeu autorização para colocar seu real nome nos ônibus. Toda a frota já havia sido reformada com a pintura da empresa, aguardando apenas a finalização.
Um micro-ônibus do modelo Volare também já passou pela frota da Field, atendendo da linha E, que tem demanda consideravelmente pequena.
Enormes avanços ocorreram em 2012. A empresa fez sua primeira renovação com veículos de grande porte. Surpreendeu a muitos, optando pela montadora Mascarello, com o modelo GranVia Midi. Surpresa também para o modelo do chassi dos veículos: Volkswagen 17-230 V-Tronic. Três ônibus foram adquiridos. Especialistas em ônibus do estado consideram que os veículos estão entre os mais confortáveis do estado.
Também este ano, a empresa adquiriu um veículo seminovo, modelo Svelto Midi, da montadora Comil, com chassi Volkswagen 15-190 EOD. Ônibus de médio porte, comprados absurdamente pelo transporte opcional de Parnamirim (linha P), foram motivos de intensas discussões e proibidos de circular pela justiça, visto que contrariava as leis que regem o transporte opcional – permitido que seus veículos sejam com chassis de, no máximo, oito toneladas. Os opcionais alegaram que a alta demanda da linha pedia ônibus de maior porte, mas os veículos também seguiam as regras de ter apenas 25 assentos – o que resultaria em um maior número de usuários em pé; também contrariando regras que estabelecem um número restrito de passageiros que podem ser transportados em pé pelos opcionais. A renovação dos opcionais foi considerada uma aberração por especialistas em ônibus. Sem outra opção, os permissionários venderam os ônibus, que estavam extremamente novos e conservados. A Field foi responsável pela compra de um veículos.
E o ano ainda poderá trazer mais novidades para a Field. Com a conclusão das obras do prolongamento da Av. Prudente de Morais (que ligará Cidade Satélite ao Parque Industrial), é esperado que a Field passe a operar a linha D também pela nova rota, o que significa ainda mais agilidade no transporte para os usuários do Parque Industrial a Natal.
É esperado também um maior crescimento da Field ao longo dos anos. A empresa, já consolidada, deverá ter cada vez mais força frente suas áreas de atuação, bem como novos trechos a que venha operar. O UNIBUS RN já aguarda e estará presente para apresentar os novos passos da empresa.
Por Thiago Martins
Matéria espetacular. Parabéns a equipe pelas as fotos muito bem feitas e ao texto perfeito texto do saudoso Thiago que contou a história da empresa destacando fatos históricos. Gosto de matéria desse tipo.