Segundo Eugênio Bezerra, o primeiro projeto apresentado se refere às obras de mobilidade urbana metropolitana, cujo objetivo do tema é mostrar o reflexo direto do trânsito em Natal e o legado que ficará após o evento esportivo. A segunda parte da apresentação se refere ao túnel de drenagem através das águas pluviais pelo Potengi.
Questionado sobre o que a cidade pretende apresentar diante da ausência das grandes obras e projetos sendo readequados, o secretário adjunto destacou que os embargos jurídicos têm atrasado o processo, mas revela que em outras cidades-sede a situação é semelhante ou até pior. “Depois que forem feitas às desapropriações, de acordo com as adequações e recomendações, um próximo passo será dado para o início das obras”, disse.
O exemplo mais recente é o lote 1 de obras de mobilidade, que está previsto para custar aproximadamente R$ 140 milhões apenas na sua execução, sem contar as desapropriações. O projeto executivo foi entregue à Caixa Econômica Federal (CEF), responsável pelo financiamento das obras que deverão custar mais de R$ 300 milhões, em dezembro do ano passado, mas retornou para prefeitura cinco vezes, até ser aprovado no início do mês de março. Para liberação do montante financeiro, ainda falta o aval do Ministério das Cidades, que até meados da semana passada ainda não tinha recebido o parecer da CEF, segundo informou a assessoria do órgão.
Sobre o túnel de drenagem, a obra interligaria as lagoas de captação das Zonas Sul e Oeste, depois irá para uma lagoa e em seguida para o Potengi. Dentre os embargos, a principal preocupação do MP são as ligações clandestinas – que leva esgoto no lugar de água da chuva – das lagoas, que através do túnel, irão direto para o rio.
Recentemente, a prefeitura Micarla de Sousa também falou sobre a obra que está travada: a construção do túnel de drenagem da Arena das Dunas, também em Lagoa Nova, que substituiria a rede de drenagem atual, inclusive na região do Centro Administrativo (onde ficará a Arena das Dunas) e beneficiaria oito bairros, acabando com inúmeros alagamentos nas lagoas de captação. “Conseguimos R$ 126 milhões para as obras de drenagem, via Orçamento Geral da União (OGU), mas não podemos utilizar”, ressaltou a prefeita.
Além de gestores públicos, o seminário Copa 2014: Oportunidades para a Sustentabilidade Urbana – promovido pelo Ministério do Esporte em parceria com o BID – terão a participação de arquitetos e urbanistas brasileiros e estrangeiros.
Fonte e imagem: Diário de Natal