
Haroldo Maia, secretário-adjunto de trânsito, explica que o problema não é tão simples de ser resolvido porque, se outra empresa fosse colocada para operar as linhas 03, 28 e 45, corriam o risco de assumir o passivo da Riograndense, inclusive as dívidas. “Foi feito um reforço nas linhas, um plano emergencial porque a mudança definitiva das linhas da Riograndense precisa ser feita após a caracterização das linhas. Não podemos simplesmente colocar outra empresa fazendo as linhas porque implicaria em problemas legais”, explicou. “Nenhuma empresa vai querer assumir os passivos da Riograndense. De forma emergencial e temporária, foi feita a extensão das linhas 10 e 64 naquela região”.
Com o impasse sobre o fim da Riograndense e das linhas que a empresa operava, os usuários que utilizavam as rotas precisam improvisar formas para se deslocar. Em Nova Natal um morador procurou o Diário para reclamar. “No horário entre 4h e 5h da manhã, a Guanabara só manda dois ônibus para circular. Antes, além desses dois, a Riograndense mandava quatro ônibus seguidos: eram três da linha 03 e um da linha 28 para passar um da linha 10 [Guanabara]”, explicou o vigilante de 34 anos, Edmilson Fernandes, que mora no loteamento Boa Esperança, Nova Natal, e diariamente sai de madrugada para trabalhar no Tirol.
Alternativas: A Semob solicitou reforço ao Sindicato das Empresas Transportadoras de Passageiros (Seturn), que reúne as seis empresas que operam, através de permissões, o sistema de transporteda capital. “Vamos criar um circular que vai levar os usuários nos loteamentos Nordelândia e Boa Esperança para fazer integração com as demais linhas da Guanabara”, disse Haroldo Maia, da Semob. Outra mudança ocorre na linha 29(Soledade/Campus), operada pela Reunidas e que aumentou consideravelmente a demanda nas últimas semanas. “São soluções possíveis e temporárias. Até a licitação, a solução é assim mesmo, temporária”, afirmou.
Fonte: Diário de Natal