Dados do Ciosp apontam que foram registrados quatro assaltos a ônibus em Natal durante os 20 primeiros dias de funcionamento do sistema de alarme com o botão do pânico. No mesmo período antes da ativação do sistema, tinham sido registrados seis desses delitos. O major PM Carlos Macêdo, diretor do Ciosp, ressalta que apenas 30% da frota total de coletivos na cidade contam com o equipamento. O botão do pânico chegoua ser ativado, mas em todos os casos se tratava apenas de uma movimentação suspeita, não ocorrendo realmente um delito.
O diretor do Seturn, Augusto Maranhão, revela que a ideia dos empresários de transporte públicos em Natal é contratar uma empresa de consultoria de segurança que ofereça um serviço de monitoramento on line de todos os coletivos circulando pela cidade, em tempo real. Atualmente, segundo ele, cada empresa grava o que acontece nos seus veículos, mas o registro só é assistido no dia seguinte. “O que queremos fazer é unificar as equipes de todas as empresas e disponibilizar as imagens em tempo real”. O serviço será feito de forma particular e compartilhado com o Ciosp, de acordo com Augusto Maranhão. “A polícia não teria condições de monitorar 24 horas nossos veículos, por isso vamos fazer por conta própria”.
Para o empresário, a redução no número de assaltos devido à ativação do sistema de botão do pânico foi significativa. “Na minha empresa [Cidade do Natal], por exemplo, não tivemos qualquer crime este mês”. Até ontem, o Ciosp registrou 152 assaltos em ônibus de Natal neste ano. Augusto Maranhão afirma que o prejuízo financeiro é ínfimo se comparado à perda operacional. “O transtorno com esses crimes é enorme. Todas as vezes, o ônibus tem que passar quase três horas na delegacia. O usuário tem sua viagem interrompida. E os funcionários vítimas, quase sempre, passam dois dias de folga após um assalto desses”.
Reticentes: Dois motoristas que trabalham em ônibus que circulam por Natal, que prefeririam não revelar suas identidades, não acreditam na efetividade do botão do pânico instalado nos veículos. Nenhum deles chegou a ter de acionar o aparelho, mas temem. “Quando o bandido se vir cercado, saberá que está perdido. Ele não tem o que perder, então poderá atirar em nós só de raiva”, diz um deles. O outro diz que “esses assaltos são assim: em um tempo ocorrem bastante. Aí param por um pouco e depois retornam. Não acho que foi o botão que causou a redução”.
Para ambos, a solução mesmo é a presença dedois policiais militares em cada ônibus para realmente inibir e combater a ação dos bandidos. “A polícia diz que não há contingente. Eu não acredito. O que falta é organização e planejamento”, reclama um deles.
Foto: Fábio Cortez (Diário de Natal)
Fonte: Diário de Natal
O Interessante que só na Guanabara esse Mês ja teve 4 Assaltos…