Quem precisava se dirigir a Universidade ou usa o anel viário do Campus para ir ao seu destino, teve um teste de paciência. Os acessos localizados no Departamento de Artes, Restaurante Universitário, Setores de Aulas II e IV e os que ficam nos conjuntos Mirassol e Potilândia estavam todos bloqueados, impedindo o acesso dos funcionários que desejam trabalhar ou dos estudantes da UFRN.
Assim, além do trânsito, o sistema de transporte também teve prejuízos. Com a interrupção dos acessos, a linha 588 (Circular UFRN) não estava circulando nesta manhã. Além dela, linhas como 03 (Nova Natal/Campus), 45 (Brasília Teimosa/Campus), 48 (Santos Reis/Nova Descoberta – Via Alecrim), 63 (Felipe Camarão/Campus) e 66 (Ponta Negra/Cidade da Esperança) tiveram seus itinerários alterados, prejudicando assim os usuários. Já as linhas 30 e 31 (Felipe Camarão/Pirangi) não tiveram grandes problemas, pois apenas um dos acessos (Potilândia) faz parte do itinerário.
O Coordenador geral do SINTEST/RN (Sindicato que representa os funcionários da UFRN), José Rebouças, explica o motivo da interrupção do trânsito. “Foi uma medida tomada pelo comando nacional de greve pra radicalizar mesmo, chamar a atenção do Governo Federal”. De acordo com Rebouças, o movimento foi pacífico e apenas impediu o acesso dos veículos, uma vez que os pedestres podiam ter livre acesso às instalações da UFRN.
Ainda de acordo com Rebouças, esta pode não ser a única ação radical do movimento. “Durante a semana, nós vamos desenvolver mais atitudes radicais pra forçar o Governo a negociar”.
De acordo com o comando de greve, o ato foi finalizado às 11 horas, liberando o trânsito no entorno da UFRN. Com isso, as linhas de ônibus voltaram a rodar normalmente.
Greve: O movimento paredista atinge, atualmente, cerca de 60 Universidades Federais em todo o Brasil. Aqui no RN, além dos funcionários da UFRN, os trabalhadores da UFERSA também estão de braços cruzados.
A pauta de reivindicações inclui, por exemplo, aumento do piso salarial para o equivalente a três salários mínimos, aumento da verba orçamentária para a educação para o equivalente a 10% do PIB, redução da jornada de trabalho para 30 horas sem redução de salário e a não implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que passaria a gerir os Hospitais Universitários.
Foto: Rafael Barbosa (Tribuna do Norte)
Por Andreivny Ferreira