CE: Começam mudanças do novo modelo de transporte de Fortaleza

Vinte anos após a implantação do Sistema Integrado de Transporte, este 1º de julho também será lembrado pelo início das mudanças no atual sistema de transporte coletivo de ônibus de Fortaleza. Após a inédita licitação que dividiu a cidade em 5 áreas de operação, as linhas serão redistribuídas entre as empresas agrupadas por consórcios.

Para o usuário, o serviço continuará o mesmo, porém algumas empresas deixarão de prestar seus serviços à população, sem afetar o número de veículos a disposição do fortalezense, que serão substituídas por empresas que já operam na capital.


Quando em sua plena aplicação, Fortaleza espera com o novo modelo otimizar e aperfeiçoar o sistema de transporte com 14 empresas operadoras, servindo a população com ônibus novos e eficiência na operação. O contrato estabelecido terá duração de 15 anos, com possibilidade de ser prorrogado por igual período.

Áreas de operação e suas respectivas empresas:

Área 1: Consórcio Leste
Área 2: Consórcio Antônio Bezerra 
Área 3: Consórcio Expresso 05
Área 4: Consórcio Parangaba
Área 5: Consórcio Messejana
Além das linhas referentes às cinco áreas delimitadas, existem as linhas operacionais compartilhadas, que serão operadas simultaneamente por empresas de até cinco consórcios envolvidos. Nessas linhas, estão distribuídas linhas dos tipos circular, complementar, troncal, alimentadora e convencional.



Mudanças já estão no dia a dia: A nova modalidade de operação é inédita em Fortaleza e deverá durar pelos próximos 15 anos, sendo prorrogado por igual período. Até lá, Fortaleza deverá passar por profundas mudanças no transporte. Porém, é preciso ações para que tal mudanças se concretizem.

A última segunda amanheceu com os ônibus circulando com a identificação de seus respectivos consórcios. Algumas empresas assumiram o lugar de outras que não concorreram e tiveram de encerrar suas atividades. Falta de estrutura, ônibus com idade média superior ao exigido, entre outros entraves traçaram os seus destinos, deixando apenas recordações aos passageiros, sejam boas ou ruins.

E é justamente no modo de transportar que o passageiro perceberá a diferença. Quem antes era atendido por alguma dessas empresas, agora contam com veículos novos, propiciando o mínimo de conservação durante o seu percurso. 

Por um outro lado, os consórcios mostraram que não seguiram a teoria ao pé da letra. Por ser o primeiro dia, é compreensível que seja um período de adaptações e aperfeiçoamento para os próximos. Não muito raro de se ver, era possível observar ônibus com identificação de um consórcio operando em outro, o que na tese não deveria acontecer. Muitos veículos sequer possuíam identificação. Será que cenas como essas se repetirão? Haverá veículos reservas o suficiente para atender a demanda de cada consórcio? 

No meio disso tudo, um fato chamava a atenção. Dentre as que não concorreram à licitação, a São José de Ribamar estava com alguns de seus veículos nas ruas, dividindo espaço com as novas empresas detentoras das linhas em que opera. A Empresa segue resistindo e tem como base a vigência das permissões concedidas pela Prefeitura, prevista para encerrar em dezembro de 2013. 

Em meio às mudanças, nada muda para a maioria dos usuários até então. Após a distribuição das áreas para cada consórcio, é esperado um posicionamento mais firme por parte do poder público na relação com as empresas operadoras. Intensificar o processo de renovação de frota, adquirir veículos de maior porte de, tal como articulados, na qual a população tanto anseia, e aprimorar ainda mais a qualidade de seus serviços, são eixos fundamentais para que tais mudanças sejam perceptíveis e beneficiem todos os usuários.

Fonte: Fortalbus

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